O demiurgo aparece em diferentes sistemas religiosos e filosóficos, mas notavelmente no Platonismo e mais tarde no Gnosticismo. No platonismo, o demiurgo é uma divindade ou força criativa que deu forma ao mundo material. Platão usa o termo para significar a criação omni-benevolente. Para Platão, o demiurgo é uma criador (de leis ou do céu) ou o criador (do Mundo) em Timaeus. Já no Gnosticismo, uma divindade subordinada à Divindade suprema, algumas vezes considerada como o criador do mal. Uma força que governa ou poder criativo.
O neoplatonista Plotinus identificou o demiurgo como nous (divino propósito), a primeira emanação do "Único" (veja mônada). Neoplatonistas personificaram o demiurgo como Zeus. No Gnosticimo, o universo material é visto como mal e o demiurgo é o criador mal do mundo físico. Nomes Gnosticos alternativos para o Demiurgo, incluem Yaldabaoth, Yao ou Iao, Ialdabaoth e várias outras variantes. Os Gnósticos identificaram o Demiurgo com Yahweh (veja os Setianos e Ophitas). Ele é conhecimento como Ptahil no Mandaeanismo.
Ele é o formador do Mundo inferior (ou material). Considerado como o chefe dos Arcontes e de sabedoria limitada e imperfeita. Segundo os Gnósticos, esta entidade seria o Deus do Velho Testamento da Biblia. Este ente tem a arrogância típica dos que se acham onipotentes, contudo não é mau. Criador de tudo que conhecemos, porém acha que todos devem curvar-se a sua divindade. Entretanto questionado por Sophia que quer que as Almas do Mundo sejam livres, rebela-se e envia aos homens o seu filho mais querido, o Cristo. Assim as Almas tenham consciência de sua parcela divina e partam para o Pleroma. Para impedir isso, o Demiurgo cria inúmeras ilusões para afastar as Almas de sua legítima parcela divina e sejam escravos da roda do Mundo, a Reencarnação. Portanto, a entidade poderá continuar a ser governante desta pequena Esfera de Vida onde é absoluto.
Fonte: http://www.ocultura.org.br/
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