E assim surgiu a "fada do dente"...

Numa época muito anterior à nossa, em que ainda se media o tempo por Eras, e os seres humanos dividiam o mundo com toda sorte de criaturas místicas… Uma lágrima solitária, carregada de ciúmes, banhou a decrépita face milenar da minúscula elemental ao observar o ser amado tocar em outros lábios que não os dela.

De repente, um arrepio percorreu-lhe a alma, enquanto dava vazão a um sinistro pensamento. E então, obcecada por aquele amor impossível, que a consumia dia e noite, pôs-se a executar o maquiavélico plano. Sim, ela estava ciente das consequências. Mas com a decisão já tomada, não podia mais voltar atrás.

Esperou até que eles finalmente se separassem e, com os últimos raios de sol ainda no horizonte, resolveu ir ao encontro da rival. Com um encanto, criou uma forte neblina que escureceu a campina por onde a moça seguia, impedindo que qualquer outra pessoa visse o que estava prestes a acontecer.

Aproveitando um momento de distração da rival, materializou-se em sua forma humana, agarrando-a pelos ombros, as unhas compridas cravando-se na pele dela, de modo a toldar-lhe qualquer chance de reação.

O primeiro reflexo da garota foi tentar gritar por socorro. Mal abriu a boca, porém, a sua energia vital lhe foi sugada pela criatura ancestral. Em poucos segundos, o corpo jovem e altivo da moça foi murchando e enrugando, os sedosos cabelos negros ficando sem cor, até que a força lhe faltou e a carcaça, esquelética, deformada e desprovida da chama da vida, desabou inerte na relva úmida.

A assassina, em contrapartida, sofreu um processo inverso. Ao sugar para si a energia vital da humana, rejuvenesceu, voltando a ter a formosa aparência que possuía quando jovem.

Afastou-se do cadáver retorcido, flutuando centímetros acima do chão, enquanto diminuía gradativamente de tamanho, retornando à sua forma original de fada. Embora não sentisse remorso algum pelo crime cometido, a elemental jurou que aquela seria a primeira e a última vez que abreviaria, de forma intencional, a existência de outro ser.

Muitas primaveras antes…

A elemental estava cumprindo suas obrigações para com a Mãe Natureza, quando ao passar por uma clareira da floresta, ouviu algo que atraiu a sua atenção: o choro de uma criança. Não resistindo à tentação, voou para o alto de uma árvore, de onde podia espionar sem ser vista.

Na clareira, um menino esbelto e gracioso, com aproximadamente sete primaveras estava no limiar de submeter-se a mais um importante rito de passagem da infância. Seu primeiro dente de leite encontrava-se prestes a cair e a mãe tentava convencê-lo a deixar que o arrancasse. Ele recusava-se, chorando copiosamente. Para aliviá-lo do medo que sentia por uma suposta dor que nem sabia se sentiria ou não, a mulher inventou-lhe uma fábula, onde prometia que se ele colocasse o dentinho recém extraído debaixo do tapete de folhas onde dormia, durante a noite, uma fada viria buscá-lo e, em seu lugar, deixaria uma saborosa fruta. Inocente como toda criança de sua idade, ele acreditou. E permitiu que a mãe procedesse à extração, suportando a dor corajosamente.

Comovida com a linda história que acabara de ouvir, a fada decidiu tomar, para si, a incumbência de torná-la real. Procurou até encontrar a mais suculenta fruta da estação. E durante a noite depositou-a ao lado do menino, tomando o cuidado de levar consigo o dente, que posteriormente transformou num lindo amuleto.

Na manhã seguinte, não resistiu e retornou à clareira. Ansiava por ver a reação da criança ao acordar e encontrar a recompensa por sua coragem. Conforme o previsto, ao acordar, o garoto logo divisou o presente. Com os olhinhos brilhando de satisfação e saltitante de felicidade, mostrou a frutinha para todas as outras crianças da tribo antes de devorá-la.

A fadinha nunca soube como começou exatamente, mas aos poucos ela acabou se apaixonando pelo jeito alegre e doce do garoto, passando a visitá-lo, em segredo, todas as noites. Passava horas velando o seu sono, afastando todo e qualquer perigo. E o que, no início, era apenas uma inexplicável paixão, transformou-se em amor, no sentido mais sublime da expressão. Ela tornou-se a sua protetora, o seu anjo da guarda invisível, passando a vigiá-lo de perto.

O tempo passou e o menino transformou-se em um garboso rapaz, virtuoso e de semblante iluminado. Aos dezessete anos já era um homem feito.

O sentimento que a fadinha tinha por ele tornou-se cada vez mais acentuado, até que numa noite, não mais suportando aquele amor platônico, ela tomou uma importante decisão. E, sem racionar direito, solicitou uma audiência com os anciãos do Reino das Fadas.

Na primeira noite de lua cheia depois, uma tumultuada assembléia teve início na copa do mais antigo carvalho da Terra. Não somente fadas, mas seres místicos de toda sorte se agrupavam em torno do Conselho dos Anciãos, ansiosos para ouvir o que tinha a dizer aquela que os convocara.

Após as considerações iniciais, o mais velho dos anciãos cedeu-lhe a palavra. Ela não se fez de rogada. Apresentou-se e, logo em seguida, começou a relatar a história de como conhecera aquele por quem se apaixonara perdidamente. A mera revelação de que o eleito de seu coração era um ser humano causou o maior rebuliço. Mas ela foi além, solicitando a permissão do Conselho para assumir a forma humana e viver, na plenitude, o seu amor. A floresta inteira sentiu a ira da Mãe Natureza ante tal pedido, sob a forma de uma terrível tempestade.

Quando a situação voltou ao normal, foi-lhe exposto, então, que a relação entre os seres místicos e os humanos era terminantemente proibida. Os anciãos enumeraram uma lista sem fim de objeções. Em resposta, a fadinha contrapôs cada uma delas, enfatizando que se o amor fosse verdadeiro e recíproco, superaria todos os obstáculos.

E assim, a assembléia mística seguiu-se, ininterrupta e turbulenta, por dias a fio. Até que, vencidos pelo cansaço e pela irredutível determinação da pequena elemental, os anciãos optaram por ceder. E concederam-lhe a permissão para viver, na plenitude, o seu inusitado amor. Mas alertaram que a sua insensata união poderia trazer indesejáveis implicações, tanto para ela quanto para os demais envolvidos.

Totalmente obliterada pelo ardente desejo que a consumia, ela simplesmente os ignorou, deixando o topo do carvalho feliz da vida e ansiosa para realizar o seu grande sonho…

 *

O que ela não imaginava, nem em seus piores pesadelos, era que, durante a sua breve ausência, o rapaz que arrebatara o seu coração se enamoraria por outra humana. Todavia, o constatou, assim que adentrou a clareia onde a tribo dele habitava.

O choque de flagrar o amor de sua vida nos braços de outra, nublou o seu senso de discernimento, abalando de forma irreversível as suas estruturas emocionais. O ciúme a dominou a ponto de cegar a sua razão, levando-a a articular o assassinato da rival. Observou-os durante o passeio pela campina; e quando surgiu a oportunidade, deu prosseguimento ao nefasto plano.

Consumado o ato criminoso, ainda transtornada, a assassina transmutou-se para a forma humana e apresentou-se como única sobrevivente de uma comunidade extinta. Foi de imediato aceita na Tribo da Clareira. Pouco tempo depois, já havia assumido o lugar da morta – dada como desaparecida – no coração do rapaz.

Dez luas depois, no início do outono, eles casaram, em meio a uma festança sem precedentes. Outras luas se passaram, e a fada-humana descobriu, para a felicidade de todos na tribo, que trazia no ventre um minúsculo ser, fruto de seu controverso amor.

 *

A primavera chegou. E com ela, as primeiras contrações. Em polvorosa toda a tribo reuniu-se em volta das parteiras, para recepcionar o novo membro que estava para nascer. Nas copas das árvores mais altas, o Reino das Fadas também se fazia presente, representado por milhares de minúsculos elementais.

Todos estavam radiantes e ansiosos. No entanto, o parto não transcorreu conforme o previsto…

Inexplicáveis complicações prejudicaram o desfecho daquele tão esperado evento que, de alegre e festivo, transformou-se, num piscar de olhos, em momentos de puro terror e agonia. Do nada, uma grave hemorragia interna teve início, drenando as forças da fada-mulher, que morreu antes mesmo de expelir o feto. Prevendo que não conseguiriam salvar as duas, as parteiras optaram pela criança. De posse de uma pedra pontiaguda e extremamente afiada, elas não pensaram duas vezes: rasgaram o ventre ensanguentado, retirando o que, em hipótese alguma poderia ser descrito como um lindo bebê. O pequeno ser revelou-se a mais hedionda aberração, provocando asco e repulsa nos adultos, medo nas crianças e perplexidade nos elementais.

Com o rosto retorcido, dentes salientes, olhos cor de sangue, corpo deformado e garras no lugar das mãos e pés, o recém-nascido soltou um ganido estridente, causando arrepios até no mais corajoso dos presentes.

Desesperado com a inevitável morte da esposa e, mais ainda, com a aberração que concebera, o rapaz deixou a clareira aos prantos, lançando-se no precipício que ficava além da campina.

Supersticiosa ao extremo, a tribo deixou a clareira naquela mesma noite, para nunca mais voltar. Já a criança monstro, foi abandonada à própria sorte, literalmente largada sobre a pegajosa poça de sangue que se formara ao redor do corpo sem vida da mãe. Não fosse pela compaixão das fadas que, apesar da sua horripilante aparência, a recolheram, certamente não teria sobrevivido.

Ela cresceu, tornando-se uma mescla adulta de fada, monstro e mulher. E, com muito gosto, resolveu retomar a surpreendente obra que um dia a mãe começara. Desde então, dedica-se exclusivamente a recolher os dentes recém extraídos das crianças do mundo inteiro, deixando em troca uma simbólica recompensa. Mas só vem à noite, para que não a flagrem, por causa de sua medonha aparência. Poucas crianças a enganaram e a viram. Mas destas, nenhuma sobreviveu…



RELATO DOS LEITORES #23

A ponte

Eu não sei se, especificamente, tem haver, mas desde criança vejo e ouço coisas "diferentes". Não gosto de pensar que seja alguma relação com religiões (não sou religiosa). Mas a minha bisavó, segundo a família, foi uma praticante de ocultismo e magia negra, não sei dizer bem. É um pouco macabro.

Minha mãe também tinha dessas coisas, de enxergar o que ninguém está vendo, e talvez eu tenha herdado isso dela. De qualquer forma, aconteceu quando eu era pequena, uns oito anos, na ponte de meu bairro.

A ponte cortava duas bandas de terra, dando acesso a uma igrejinha protestante. Na verdade, era mais uma pinguela do que outra coisa. A minha escola particular ficava justo após a pontezinha, mas eu tinha medo de altura e meu pai me levava por um caminho alternativo. Bem... até no dia 09/08/2006.

Uma mulher, depois de um tempo,  disse que uma outra engravidava frequentemente, e abortava ela mesma, algumas vezes com o feto já grande em seu ventre. Ela enterrou o primeiro feto de sua primeira gravidez, ali mesmo no quintal de sua casa, e assassinava seus próprios bebês após esse incidente. Ninguém achava que ela se tratava de um perigo real, até tentar matar o feto de outra pessoa, uma passante na rua de sua casa. Ela foi linchada e sumiu por uns tempos. Talvez até anos.

Mas, naquele dia, meu pai e eu estávamos atravessando a pobre ponte. Tinha um valão passando abaixo de nós e fedia. Eu acordei atrasada demais e tínhamos que pegar aquela caminho.  Meu pai disse que ficaria tudo bem se eu só andasse, sem olhar pra baixo. Mas eu olhei.

Eu vi uma sacola boiando, e um braço de boneca para fora. Mas não era uma boneca. Parecia uma mão humana, de bebê, e saber do fato dos abortos, anos mais tarde, me leva a imaginar que as coisas realmente foram sinistras.

A sacola preta foi sendo arrastada pelo curso. Então eu vi, na penumbra do barranco, uma mão atrofiada agarra-la e afundar com ela. Eu não gritei, mas fiquei tão pasma que puxei meu pai e quase caímos também.

Depois disso, nunca mais passo em pontes e pinguelas.

Relato de Suu Zombie

Ovni assassino?!?

Contam os ribeirinhos que em noites bem escuras cerca aos rios e igarapés da Amazônia um objeto voador não identificado sobrevoa as canoas dos pescadores, decepam-lhe as cabeças e as levam. No meio do rio ou em sua beira a visibilidade do céu é nula. Você não consegue ver nada que sobrevoe você.

Um ribeirinho contando, que uma certa vez se encontrava na beira da praia cerca do rio, e um companheiro seu estava no rio em uma canoa, quando de repente, surgiu uma luz em cima do seu companheiro.

O som do objeto voador era similar a um helicóptero, mas não podendo confirmar se realmente o era. Quando em um segundo viu a cabeça do seu companheiro sendo decepada em meio à luz que o cercava.

No momento do acontecido o ribeirinho que se encontrava na praia correu desesperado para o mato para esconder-se, enquanto a luz depois que tirou a cabeça de seu companheiro começou a persegui-lo.

No mato ficou escondido até a luz ir embora, pois a mesma ficou cerca de três minutos em sua busca focando para o meio da selva, depois sumindo na imensidão do céu escuro e azul da Amazônia.

A luz indo embora, o ribeirinho foi ao rio, com bastante medo que a luz retornasse, a fim de encontrar o corpo de seu companheiro, pois agora estava sem cabeça para poder entregar-lhe a seus familiares.

Então, mais uma história de pescador?

Fonte: http://arquivosdoinsolito.blogspot.com.br/ 

SCP-148 "A liga Telekill"

SCP-148
Item #: SCP-148

Classe do Objeto: Euclid

Procedimentos de contenção especiais:

Revisão 3

SCP-148 deve ser armazenado em 120 lingotes, cada um pesando 10 kg no momento. Lingotes do SCP-148 não podem ser alojados no mesmo local, como qualquer SCP (devido as potenciais interações imprevistas); caso contrário, os lingotes devem ser distribuídos igualmente entre as instalações da Fundação aceitáveis. A massa de cada lingote confinado do SCP-148 deve ser medido e reportado mensalmente.

Sob nenhuma circunstância um SCP capaz de afetar a mente ou com propriedades extra-sensoriais pode entrar em contato com SCP-148. Em caso de tal contato, a área deve ser evacuada imediatamente e a amostra afetada do SCP-148 detonada por controle remoto.

Agentes não devem estar atribuídos ao SCP-148, durante um período de tempo maior que três semanas. Qualquer agente designado para SCP-148 devem ser dados avaliações psicológicas regulares.

Descrição: SCP-148 é uma substância metálica, composta por uma variedade de elementos conhecidos e desconhecidos. A massa total do SCP-148 na mão é de aproximadamente 1.1 1.2 toneladas. SCP-148 tem uma cor verde-acinzentada, com um tom azulado e oxida facilmente na presença de água. SCP-148 tem o ponto de fusão de aproximadamente 4500 ° C e um ponto de ebulição de cerca de 9000 ° C. SCP-148 tem uma densidade de 6,20g/cm3 6.76g/cm3 e se qualifica como HRC 39 em um teste de rigidez Rockwell.  Ele exibe as propriedades do material, tais como a resistência, ductilidade, e trabalhabilidade, semelhante à platina.

SCP-148 é composto principalmente de platina e irídio, os dois compõem 62% e 20% da sua massa, respectivamente. Além disso, vários outros metais conhecidos estão presentes em sua composição, incluindo ferro, cobalto e cobre, que coletivamente compõem 16,5% da massa do SCP-148. No entanto, dada a massa do material, acredita-se que há outras substâncias não detectáveis por espectrometria de massa ou outros meios. Imagens do SCP-148 tiradas com um microscópio de tunelamento mostram lacunas na sua estrutura que, em circunstâncias normais, seriam preenchidas com outros materiais.

SCP-148 tem demonstrado a capacidade de bloquear ou de esconder as propriedades que afetam as mentes extra-sensorias de organismos vivos que se aproximam dele. Este efeito, apesar de difícil de quantificar, parece inversamente proporcional á distância do objecto até a superfície do SCP-148 e é diretamente proporcional a quantidade do SCP-148 em consideração. A alcance para que este efeito seja detectável é de cerca de 0,8 metros por quilograma de SCP-148.

1,1 toneladas do SCP-148 foram recuperados do departamento de metalurgia de facilidade básica "Prometheus Labs" durante a varredura do prédio feita pela Fundação. Documentos relacionados com o projeto revelaram que a substância era para ser sujeita a um desenvolvimento adicional, vendida para ███████████, patenteada e então vendida como "Telekill Alloy". No entanto, devido á [REDIGIDO] e sua consequência política, juntamente com a destruição das instalações "Prometheus Labs", ███████████ adquiriu 1,3 toneladas de SCP-148 e as vendeu para compradores desconhecidos. Agentes da Fundação e contadores forenses estão em processo de rastreamento das entregas restantes do SCP-148.

Adendo 148-01

Devido ao seu potencial para uso de contenção de SCPs que afetam a mente, SCP-148 foi aprovado para o testes cruzados com outros objetos SCPs. Embora os testes ainda estejam em seus estágios iniciais, testes com itens anômalos de baixo nível parecem indicar que o SCP-148 vai ser uma ferramenta eficaz na contenção disses itens. No entanto, o sujeito não parece afetar os objetos cujas propriedades notáveis são puramente memética.


Adendo 148-02

Começando ██ / ██ / ████, funcionários relataram comportamento irracional e baixa capacidade de comunicação entre a equipe de limpeza encarregada da manutenção regular da contenção do SCP-148 Depois de três semanas de comportamento cada vez mais anormal, dois funcionários foram levados para interrogatório e exames. O teste revelou que os sujeitos eram incapazes de interpretar a linguagem corporal e pareciam não perceber a entonação ou fraseamento das sentenças. Além disso, os indivíduos afetados eram incapazes de determinar o estado emocional ou a intenção dos outros e demonstraram um vocabulário muito limitado.

Mais testes revelaram que as habilidades de linguagem e comunicação das pessoas que entram contato regular ou exposição prolongada ao SCP-148, com o tempo, irão se deteriorar e desaparecer. Tem sido observado que, após oito semanas, os indivíduos afetados ficaram completamente mudos e incapazes de compreender pedidos não-verbais, comandos, ou outras declarações, apesar de mostrarem a capacidade mental normal.

Adendo 148-03

Uma medida tomada em ██ / ██ / ████ (██ meses após a aquisição do SCP-148 da Fundação) indicou que, apesar de não haver aumento do volume, SCP-148 aumentou 0.1 toneladas de massa (um aumento de densidade de 9,0%). A fonte dessa massa adicional é desconhecida

Relatório do Incidente 148-████-1

Para testar os limites dos efeitos do SCP-148 e sua capacidade de mudar em massa, 0,9 kg do material foi colocado em uma balança e transferido para a câmara do SCP-████. Previsivelmente, o [REDIGIDO] do SCP-████ foi anulado pela presença do SCP-148. No entanto, a amostra do SCP-148 começou a ganhar massa a mais de 50 gramas por segundo. Após um minuto, esta taxa começou a diminuir, e SCP-148 deixou de aumentar sua massa após 40 segundos, no ponto em que pesava 1,4 kg. Ele manteve-se com esta massa por oito segundos antes de diminuir para 0,8 kg, no espaço de dois segundos. Durante este tempo, os agentes em um distância de sessenta metros (doze vezes o alcance efetivo de SCP-████) começaram a sentir os efeitos do SCP-████, em uma taxa muito maior, resultando em [DATA EXPOURGADO] bloqueio até que os sujeitos afetados, pudessem ser removidos.

A partir deste incidente, o contato entre SCP-148 e objetos com propriedades mentais foi estritamente proibida.

Adendo 148-04

Medidas tomadas após o incidene indicam que a massa combinada do SCP-148 está aumentando a uma taxa de [REDIGIDO]. Especula-se que caso uma grande quantidade de SCP-148 passe por um evento semelhante ao da amostra utilizada no Experimento 148-████, [DATA EXPURGADO]. Novos procedimentos de contenção estão sob revisão.

SCP-173 "A escultura"

SCP-173
Item #: SCP-173

Classe do Objeto: Euclid

Procedimentos de contenção especiais: O item SCP-173 deve ser mantido em um contêiner fechado em todos os momentos. Quando agentes entrarem na sala de contenção do SCP-173, devem ter no mínimo 3 pessoas e após a entrada a porta deve ser trancada. Em todos os momentos, duas pessoas devem manter contato visual direto com o SCP-173 até que todos os agentes tenham saido e trancado o container.

Descrição: Foi transferido para o Site-19 em 1993. A sua origem ainda é desconhecida. Ele é feito de concreto e vergalhões com traços de Krylon de pintura. SCP-173 é animado e extremamente hostil. O sujeito não pode se mover enquanto estiver dentro de um campo de visão. O campo de visão não deve ser quebrado em nenhum momento com o SCP-173. Os agentes designados para entrarem são instruídos a avisar uns aos outros antes de piscarem. É relatado que o objeto ataca quebrando o pescoço na base do crânio, ou estrangulando. Em caso de um ataque, os agentes devem seguir os procedimentos de contenção de objetos perigosos classe-4.

Agentes relatam sons de raspagem de pedra provenientes de dentro do contêiner quando ninguém está presente no interior. Tal evento é considerado normal, e qualquer mudança neste comportamento deve ser comunicado ao supervisor HMCL de plantão.

A substância marrom avermelhada no chão é uma combinação de fezes e sangue. Origem destes materiais é desconhecida. O gabinete deve ser limpo em uma base bi-semanal.

A animação da sala de contenção não foi criada por mim. Eu só fiz o .gif
Se gostarem desse "novo" jeito de ver os SCPs, me avisem.

O limite da justiça

Um certo dia um novo garoto entrou em um novo colégio. Sua família acabara de se mudar. Tudo estava indo da forma mais natural possível. O garoto era bonito, carismático e carregava uma elegância que encantava até mesmo os olhares masculinos. Uma semana passa-se e todos já formavam círculos de conversa com o novo aluno. Que por um motivo não explicado, insistia em ser chamado de Fantasma. Todos entraram na brincadeira, achando que o motivo era o jovem ser muito pálido. Porém, não o chamavam de vampiro, pois o mesmo adorava ficar no sol.

                - Ei pessoal! Que tal todos irem para uma festa hoje à noite na minha casa? – Fantasma pergunta sorridente. Todos concordam alegremente, mas Jonas diz que não poder ir por causa de sua irmã mais nova que não podia ficar sozinha. – Ah... Então vamos deixar para semana que vem! Não será tão divertido se todos não forem! – Afirma entristecido.

Uma semana se passa e jovem Fantasma volta a perguntar, mas dessa vez é Maria que não poderia ir, já que estava de castigo por ter passado a noite na casa do namorado. Três dias depois a festa finalmente saiu da possibilidade para a realidade. Marcada para as sete horas. Mas como todo bom garoto popular, Matias chegar as nove horas em ponto.

O jovem Matias estranha não ter som algum vindo da casa de dois andares. Mas podia ver o globo de luz girando, porém, ele estava manchado.

‘’Tock! Tock! Tock!”

- Oh! Matias! Pode entrar! – Fantasma da passagem para o amigo. A sala estava com as luzes apagadas.

- Eu cheguei muito tarde?! Desculpa! – Fala coçando a cabeça.

- Tarde? Que nada! A festa ainda está pegando fogo! – Afirma sorrindo. – Você gostaria de conhecer os donos dessa bela casa? – Pergunta sorridente e adentrando no escuro.

- Seus pais? Claro! Eles estão lá encima? – Pergunta animado.

- Não! Eles estão aqui! – Afirma alegremente e ligando a luz. Pregados na parede estavam um casal, eles estavam sendo segurados por cordas cobertas com sangue seco e presas por pregos enferrujados de trilho de trem. – Lá encima estão os nossos amigos! – Afirma sorridente, sua roupa estava coberta por sangue.

- Mas que droga! – Matias grita horrorizado e trêmulo.

- Verdade! Eles acabaram manchando o globo de luz! Agora como eu vou limpar aquela droga para devolver? – Grita irritado, mas depois sorri. – Mas deixa isso para depois! Agora vamos curtir! – Afirma animado e aproximando-se do ‘’ amigo’’, com uma faca.
Matias entra em desespero e desmaia.

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- Oh... Aquilo foi um sonho? – Pergunta-se enquanto abre os olhos e vê sobre si o teto de seu quarto.

- Deve ter sido muito bom... Acabei ficando entediado e tive que me divertir com a sua família! – Fantasma afirma sentado e despreocupado, enquanto limpa a sujeira das unhas com a ponta de uma faca que ainda pingava sangue.

- Seu maldito! A polícia vai lhe rastrear! E você vai ser preso! – Matias grita furioso enquanto levanta-se da cama, pisa em uma poça. Olha para baixo e vê sua irmã com um olhar desesperado, sem um pingo de vida e com a garganta cortada, cujo no próprio sangue ela deitava. Matias salta para a cama.

O som de sirenes preenche a rua.

- Ah... A polícia! Eu chamei eles! – Afirma sorridente e levantando-se. Matias o encara horrorizado. – O que foi? A polícia não pode prender um fantasma! – Afirma sorridente.

A polícia arromba a porta da frente.

- Agora... A festa acabou! – Fantasma afirma sério. Passa a faca pelo próprio pescoço e sorri. Ele aproxima-se de Matias que não conseguia mover-se e mal conseguia respirar. Corta a garganta do jovem Matias.

- Parado! – A polícia grita após arrombar a porta. – Mas... Que droga?! – Grita o polícia que estava na frente.

- O que há com essas crianças de hoje em dia? – O outro pergunta olhando decepcionado para Matias deitado na cama. – Matam várias pessoas e depois se matam! Isso é horrível! – Afirma indignado.

Matias olha para os policiais e para o seu corpo. Ele estava segurando a faca. Ele olha novamente para os policiais, e viu no meio deles o sorridente Fantasma.

- Ei! Ele ainda está vivo! – Um jovem policial grita apreensivo.

- Chamem uma ambulância! – O primeiro policial grita.

- Ela... Já está aqui! Deixem os médicos entrarem! – Um policial grita com os do lado de fora.

- É! Eu chamei uma ambulância também! – Fantasma afirma com um sorriso orgulhoso, enquanto seu pescoço escorre o sangue do corte que fez em si mesmo.

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Os médicos colocam Matias na maca e começam a leva-lo para dentro da ambulância. Ele olha para Fantasma que o olhava atentamente e com um grande sorriso. As palavras ‘’ A polícia não pode prender um fantasma!’’ ecoaram pela mente do jovem que já tinha recebido os primeiros socorros. Fantasma entra na ambulância e senta-se ao lado do paramédico que estava determinado em salvar a vida de Matias. Fantasma estava sério.

Os dois olham-se por alguns segundos. Até que fantasma puxa uma segunda faca do bolso e põe ao lado do garoto quase morto. Matias segura firme a faca e acerta o próprio estomago, enquanto olhava nos olhos do Fantasma. A mistura de sentimentos fora tão intensa que o sorriso que surgia no rosto do Fantasma refletia-se em seu próprio rosto.

- Quem deixou ele com uma faca? – Grita o paramédico furioso.



No fim.... O caso foi encerrado. Já que policiais não podem prender um fantasma!

SCP-966 "Assassino do Sono"

Item #: SCP-966

Classe do Objeto: Euclid

Procedimentos de contenção especiais: MTF Iota-1 "Caçadores de Sonhos" e MTF Iota-2 "Perseguidores Áereos" devem procurar notícias sobre mortes súbitas violentas de seres humanos relacionados à privação do sono, a fim de encontrar e neutralizar as instâncias selvagens do SCP-966

Os quatro espécimes de SCP-966 (três do sexo masculino, designados como SCP-966-1, SCP-966-3, e SCP-966-4, e uma fêmea, designada como SCP-966-2) adquiridos pela Fundação devem estar contidos em uma sala de 10m x 10m feitas de aço, revestidas com chumbo, localizadas no site-██. Duas câmeras de segurança com filtros infravermelhos e filmes infravermelhos sensíveis devem ser instalados dentro das salas. Cada amostra de SCP-966 deve ser alimentado com 20 kg de carne por mês.

No caso da SCP-966-2 der a luz, o espécime recém-nascido é para ser estudado e descartado antes de atingir a maturidade.

SCP-1165 "Nivel Minus"

Item #: SCP-1165

Classe do Objeto: Euclid

Procedimentos de contenção especiais: SCP-1165 deve permanecer permanentemente fechado ao tráfego civil. As entradas para SCP-1165 devem ser cercadas e marcadas com sinais de quarentena, em Inglês e Espanhol, advertindo sobre altas concentrações de contaminantes tóxicos. Agentes de segurança à paisana devem monitorar as entradas e agir caso necessário para desencorajar a entrada não autorizada.

Todas as empresas com portas ou janelas de frente ao SCP-1165 devem ter as portas bloqueadas, trancadas com cadeado, ou outra forma para tornar inacessível o acesso. Quaisquer veículos municipais ou de serviços públicos que necessitam do acesso ao SCP-1165 devem entrar pelo oeste e sair pela entrada leste.