SCP-1535 "Purgatório"

Item #: SCP-1535

Classe do Objeto: Seguro

Procedimentos de contenção especiais: SCP-1535 deve ser mantido em um armário securitário na Área-18. O objeto deve ser manuseado com cuidado durante os testes devido à sua natureza frágil. A tampa de SCP-1535, deve ser mantido num armário separado, podendo ser removido apenas durante os testes.

Descrição: SCP-1535 é um frasco de pedreiro de vidro fabricado pela empresa Ball em 1946. SCP-1535 é fisicamente como um frasco de vidro qualquer.

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SCP-1535-1, durante entrevista
 
Propriedades anômalas do objeto surgem quando entidades não sapientes, tais como insetos e répteis são colocados dentro e a tampa é fechada.

A Dor do Devorador

A dor do Devorador.

Existem muitos céus por baixo deste céu noturno, ainda mais fortuitos e assombrosos do que dos céus diurnos. Pois, nestes céus vivem as criaturas do dia e da noite, já nos iluminados apenas os brilhantes se encaram. Não sei lhe dizer ao certo quem sou, se o que fui é real, ou se o que conto tem sentido ou razão, mas apenas quero contar, revelar o que meu coração nesse momento guarda, uma mistura inócua de culpa e prazer. 

Minha existência é um dos mais ternos enigmas, aposto que me consideraria uma fantasia, um silvo do passado, apenas uma ideia. De certa forma sou, da forma que me escrevo e que me imagino, tanto que posso mudar em um salto. O peso de minhas memórias são tão reais quanto os desejos sórdidos em meu peito, podem parar de existir em qualquer lampejo, e logo serei outras pessoas.

 Mas, uma coisa é certa, este outro terá o meu mesmo alimento, o sangue que corre por seu pescoço e é desperdiçado por sua fala, o calor de suas veias que atiça minhas entranhas. Pois, sou como o fogo, o eterno fogo que queima, e você criatura, é o meu alimento. Porém, se desesperar seria estupidez, pois como digo: somos os seres do 3, o Criador, a Criatura e o Devorador.

Heartbeat in the brain

"Heartbeat in the Brain" é um documentário de 1970 sobre a operação de auto-trepanação de Amanda Feilding. Ela é uma cientista, artista e reformadora britânica de políticas de drogas mais conhecidas por sua pesquisa sobre consciência e drogas psicoativas como a canábis, MDMA, LSD e psilocibina, que ela conduz através de sua organização sem fins lucrativos, a Fundação Beckley. 

Ela também é uma especialista, na prática, da trepanação, um procedimento antigo pseudo-médica em que um pequeno buraco é feito no crânio de um sujeito com a esperança de aliviar uma variedade de doenças ou alcançar um estado superior de consciência. (Estas hipóteses não são clinicamente comprovadas, e não há médicos licenciados que recomendam o procedimento.)

Depois de não conseguir encontrar um médico disposto a fazer à operação, Feilding, (então com 27 anos ) realizou o procedimento em seu próprio corpo. O documentário é uma filmagem da auto-operação e do seu pombo de estimação, Birdie. A sua exibição pública inicial conhecida foi em 1978, na Galeria Suydam em Nova York.


O mesmo foi considerado, por muitos, completamente perdido devido a suas poucas projeções. No entanto, o documentário foi exibido novamente em abril de 2011 no Institute of Contemporary Arts., em Londres. Todo o filme nunca revisitou na internet, apesar de vários trechos podem ser vistos no documentário de Eli Kabillio 1998 sobre o assunto, A Hole in the Head.

O site Vice.com, entrevistou Amanda Feilding para saber mais sobre a operação que fez. Onde ela conta como foi a cirurgia, como se preparou e que segundo ela ficou bem após a mesma. Ela tentou inclusive colocar o processo de trepanação como parte da saúde do Reino Unido, mas sem sucesso.

Para ver uma cena rápida do documentário, clique aqui.

Zumbi Filosófico

Um zumbi filosófico ou p-zumbi é um ser hipotético que é fisicamente indistinguível de um ser humano, mas carece de certas qualidades, como uma alma ou qualia que os separa de serem seres humanos "reais".

filósofos que levam a sério essa noção e consideram que a experiência de pensamento p-zumbi é suficiente para provar o dualismo.

No momento em que um p-zumbi é alfinetado, por exemplo, tal não sente nenhuma dor, porém age exatamente como se tivesse sentido algum semelhante à dor (pode, por exemplo, dizer um "ouch", "ai"e afastar o local), entretanto não teve uma verdadeira experiência de dor como uma pessoa teria. 

História

O conceito de uma máquina atuando como um ser humano sem ter consciência, além de ser ótimo exemplo de um p-zumbi, remonta a René Descartes. O termo "zumbi" dentro de um contexto filosófico foi introduzido por Robert Kirk, em 1975, e se popularizou com Daniel Dennett em 1991. Eventualmente, o termo "zumbi" foi expandido para "zumbi filosófico", para distinguir o conceito filosófico dos zumbis da tradição vodu haitiano ou os zumbis dos filmes. Esta foi, então, abreviado para "p-zumbi".