Somos aconselhados, e de certa forma até obrigados, ao longo de nossas curtas vidas a escolher caminhos que traçaremos até o nosso ultimo suspiro. Nesse exato momento, você está ciente de que escolheu estar sentado em frente a um computador, lendo este texto enquanto poderia estar fazendo qualquer outra coisa digamos... mais interessante?
O fato, é que somos excepcionais na arte de escolher. Acostumamo-nos com isso, afinal de contas, a quantos anos você vem escolhendo o caminho que deve seguir? Pois bem. Outro fato é que, embora sejamos mestres neste aspecto, não pensamos nos porquês das nossas escolhas. Diga-me, por que você está lendo isto?
“É uma atividade lúdica para mim, gosto de ler textos como este!”.
Simples, porém superficial. Tente pensar um pouco mais, vá mais a fundo. Na maioria das vezes, os motivos que no guiam nas nossas decisões são mais obscuros do que aparentam ser. Vou mostrar isto com um exemplo.
Imagine um personagem chegando em casa, depois de um dia normal, como qualquer outro. Ele segue todo o ritual que costuma seguir. É de noite, uma noite muito bonita por sinal. Céu estrelado, limpo, sem nuvens e uma lua cheia, branca como a neve. Então este personagem, depois de fazer o que deveria fazer, vai até sua cama, e deita-se. Só que ele não vai dormir. Ele não quer dormir. Ele está chorando. Uma lágrima cai por um de seus olhos e seu rosto começa a ficar vermelho. Ele está prestes a selar o seu destino com uma escolha. Sua mão se move lentamente para o criado mudo ao lado da cama. Ele sente um objeto metálico, frio e pesado, o qual envolve com os seus dedos. É uma arma.
É então que, envolto de lágrimas, ele simplesmente aponta a arma para sua cabeça e aperta o gatilho. Pronto. Com a parede do quarto e a cama toda ensanguentada, nosso pequeno e pobre protagonista escolheu deixar este mundo.
Um episódio triste, não? Pois bem, e se eu te contasse, que este individuo é você, num futuro não muito distante?
Pense dessa forma, você escolheu se matar. Entre viver e morrer, você escolheu simplesmente apertar o gatilho e deixar esta vida que provavelmente considera desagradável. O seu objetivo agora, é me dizer o porquê. Porquê.... pense. Porquê você se mataria? Digo, porque você vai se matar? O que vai de errado na sua vida, o que te perturba? Você realmente não pode fazer nada para mudar a situação? Não pode escolher mudá-la? Você vive da maneira que gostaria de viver? Qual seu objetivo neste pequeno mundo? Você tem consciência de que o único que te faz ser especial é você mesmo? Que lá fora você é apenas um número, uma estatística, um mísero algarismo a mais na população deste mundo pequeno? Porque você nasceu? Para onde vai quando morrer?
“Ora essa, eu vou para o céu, ou para o inferno, não sei ao certo...”
E se céu e inferno não existirem? Já duvidou de suas certezas? De suas escolhas? Já pensou “seria melhor se eu tivesse feito isso”? Já pensou que talvez suas escolhas não foram as melhores possíveis, o que fez com que se sentisse arrependido por tê-las feito? Já pensou que talvez, só talvez, você simplesmente tenha ignorado todas essas perguntas, esses fatos, ignorado seu inconsciente, suas experiências e motivos que te levaram a escolher um caminho, só pelo fato de não entendê-los? Quem é você para você mesmo? Quem é você para o mundo? É isso que você é agora que gostaria de ser?
... Porque você escolheu atirar na sua própria cabeça?!
Bom... Tente se concentrar em responder apenas a última pergunta, sugiro que você escolha escrever um bilhete, falando o porquê se matou quando resolver fazê-lo. As pessoas podem ficar confusas quando te verem morto, e a confusão também influencia nas escolhas... vai que elas... bem.... você sabe.... BANG!
Eu escolhi tentar entender as minhas escolhas, poucas pessoas conseguem seguir por esse caminho. Exige muito raciocínio e maturidade, além de uma resistência à loucura. Afinal de contas, precisa também saber viver e arcar com as consequências não é? Pessoas despreparadas para encarar a realidade podem acabar cometendo suicídio. Como você vai fazer daqui a alguns dias...
Mas e ai... já escolheu o que vai fazer com a sua vida?
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