O Doppelganger de Rainha Elizabeth I

Bem, eu particularmente sempre gostei muito do assunto e ontem decidi pesquisar sobre isso...

Tudo que a Surface oferece sobre Doppelgangers, tentei ter acesso. Os relatos divergem muito, mas o mais famoso, sem dúvidas, é o da professora Emile Sagée. Como já citado na postagem aqui do blog, os alunos teriam avistado o seu Doppelganger, uma das alunas tentou até mesmo tocá-lo, o que resultou em seu desaparecimento. Outro caso semelhante é do poeta Inglês John Donne, que teria visto o Doppelganger de sua mulher. Isso significa que o Doppelganger, em alguns casos, pode sim ser visto por outras pessoas.

Bem, entre tantos relatos o que me chamou atenção foi o caso da rainha Elizabeth I, que teria avistado o seu Doppelganger pouco antes de morrer, algo comum, já que o Doppelganger na maioria dos casos anuncia desgraça. Achei esse relato pouco provável, já que ela estava debilitada demais para comentar sobre, e se não existe sobreviventes, quem conta a história, não é mesmo?  Porém, pesquisei mais sobre a Rainha, e descobri que sua doença lhe dava vertigem e lhe tirava os movimentos. Como também citado na postagem já feita aqui no blog, cientificamente falando a incapacidade de se mover é uma falha da junção temporo-parietal (responsável pela localização por meio da visão, tato e etc.), o que acarretaria na ‘’alucinação’’. Era a situação perfeita, para aparição real ou não de um Doppelganger.

Pesquisando mais sobre a morte de Rainha Elizabeth, achei esta foto:


Essa pintura ilustra os últimos minutos de Elizabeth. Ela ainda não tinha nomeado seu sucessor, então ela o fez naquele momento, por meio de gestos. Pouco tempo depois, seu sucessor começou a rezar em seu leito. Ao cessar a reza, Elizabeth manda-lhe continuar, mais uma vez por meio de balbucios. Creio que esse seja o exato momento que o pintor teve a intenção de retratar. Uma cena muito comovente, que teria chamado à atenção de todos. Porém, reparem nessa mulher:


Ela é a única que não olha para Rainha Elizabeth, embora seja a mais próxima dela. Poderia estar chamando alguém? Bem, a rainha ficou cerca de dois dias deitada em meio às almofadas, já que se recusava a repousar em uma cama. Creio que todos estavam presentes no momento. E se aproximar mais ainda a imagem...


A expressão é de espanto. Essa mulher poderia ter visto o Doppelganger de Rainha Elizabeth ?

Bem, não achei absolutamente nada sobre a senhora em questão, porém pesquisei um pouco mais sobre as roupas da época. Cheguei à conclusão que essa é a vestimenta das camareiras da realeza. Isso explicaria o motivo pelo qual ela segura firmemente a almofada:


Porém, quem acreditaria em uma camareira, a não ser seus familiares, não é mesmo?

Ainda intrigado procurei o artista do quadro, chegando ao Paul Delaroche. Na sua escassa biografia, encontrei que a data de seu nascimento é 17 de julho de 1797. Enquanto a data de falecimento da rainha Elizabeth é 24 de março de 1603. Esse quadro foi feito quase 200 anos depois da morte de Rainha Elizabeth I.

A camareira já estava morta antes mesmo do nascimento do pintor. Eles não tiveram contanto. Porque o Delaroche pintaria essa mulher dessa forma? Se a senhora tivesse contado a sua família sobre a possível aparição, iria ser um estopim para um boato entre os camponeses.

Teria Paul Delaroche pintado essa mulher dessa forma, graças aos possíveis boatos? Delaroche teria algum parentesco com ela?

Fora a isso, muitos outros mistérios existem em torno da morte de Elizabeth. Nenhuma autopsia foi feita no
corpo, assim como ela pediu antes de morrer, por exemplo.

Bem, podem achar isso apenas coincidências. Achei interessante compartilhar minhas conclusões.

4 comentários:

  1. eu nunca me liguei na história da rainha Elizabeth, mas eu vi o filme e nele, ela tinha uma cortesã, eram unha e carne. Deve ser essa mulher na pintura.

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  2. Tão bom que eu comentei duas vezes

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  3. Muito interessante e intrigante. Ela tá com uma cara de assustada, acho que ficou mexida com a morte da monarca. Provavelmente estava olhando pra alguém (de carne e osso) no canto que não foi captado(a) pelo pintor, como se estivesse lamentando silenciosamente, a expressão de espanto também pode ser de pesar. Acho que se o doppelgänger fosse aparecer, seria somente visto pela rainha, já que era o momento de sua morte. Ou ela teria visto muito antes de morrer, como sinal de mau agouro (mas talvez não mencionou para não parecer maluca). Reparei também que os outros na pintura não notaram a suposta aparição. No caso da professora Emilie Sagée, todos os alunos testemunharam o clone dela.

    Doppelgänger é lenda. Pessoas podem inventar (basta ter criatividade e imaginação fértil). Pode ser alucinação, ilusão. Pode ser histeria coletiva no caso da professora, pode ser algum tipo de atividade do cérebro - nossa mente é poderosa. Divisão de energia da mesma pessoa, uma projeção. Ou algum tipo de brincadeira que acabou sobrando pra ela...

    Pesquisei sobre a Emilie, mas não encontrei muito sobre essa mulher. Então só fica esse relato do que aconteceu em 1845.

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