Nos arredores de Juiz de Fora morava a
família Mendonça, uma família rica e famosa na cidade. Jussara, uma estudante
de filosofia da U.F.J.F., trabalhava esporadicamente como babá para os Mendonça
quando estes iam à alguma comemoração, pois a moça tinha necessidade de cobrir
seus gastos.
Certa noite, os Mendonça saíram para um
coquetel e seus 03 filhos ficaram dormindo no andar superior da mansão,
enquanto Jussara lia um livro na sala.
O silêncio era sepulcral. A noite estava
escura, sem lua e muito fria. Jussara estava quase pegando no sono quando, de
repente, o telefone toca, como um alarme.
Jussara deu um salto do sofá, jogando seu
livro longe. Ela vai correndo ao alcance do telefone e atende com voz rouca. A
resposta que ela ouviu foi uma diabólica gargalhada.
–
Merda!! Um trote! Como tem gente desocupada! – revoltou-se Jussara.
–
Será que foi o Tarcísio? Não, acho que ele não seria capaz. – indagou a moça.
Jussara, mais uma vez quase adormecendo, é
acordada com o tocar do telefone. Com receio, ela foi até o telefone, ficou um
tempo esperando, mas achou melhor atender, pois poderia ser os Mendonça.
Ledo engano, mais uma vez era aquela voz
sinistra a gargalhar. Jussara, inebriada pelo ódio, gritou ao telefone:
–
Sua hiena filha de uma égua. Você come merda, fode uma vez por ano e ainda fica
rindo da cara dos outros!!
Ainda soltando fogo pelas ventas, Jussara
bate o telefone com tanta violência que quase quebra o aparelho. A estudante
estava pensativa. A mansão ficava distante do centro e em um lugar muito
deserto.
Já com medo, ela decide ligar para a
polícia.
–
Alô? É do Departamento de Polícia?
–
Sim minha filha. É daqui sim. O quê você deseja? – perguntou o tira.
– Tem
um engraçadinho me passando um trote e eu estou meio temerosa, pois esta casa
fica num lugar meio sinistro. – disse a moça, quase chorando.
O policial pegou todas as informações
necessárias e mandou uma rádio-patrulha rondar o local. Jussara se acalmou e
foi até a cozinha beber um copo d’água.
De volta na sala de estar, o telefone toca
novamente e um frio polar sobe pela espinha de Jussara. Desta vez ela decide em
não atender.
–
Este cara já esta me enchendo o saco! – pensou Jussara com os seus botões.
– Agora
eu vou dar um basta nesta situação. – gritou a garota.
– Aqui,
ô seu filho da... – ia
dizendo Jussara, quando a interrompe uma voz gritando a 100 decibéis pelo
telefone.
– Minha
filha!! Saia desta casa imediatamente. Aqui e da polícia, nós identificamos a
chamada e ela vem daí mesmo, da outra linha. Fuja logo!!
Jussara nem esperou o homem terminar e saiu
correndo porta afora.
Mais tarde, a patrulha chega ao local e
prende o perturbado mental no segundo andar, no quarto das crianças. O maluco
tinha trucidado as 03 crianças e foi encontrado violentando a mais nova, que
tinha 03 anos.
Jussara escapou por pouco.
Cada telefonema era uma criança morta e ela
seria a próxima.
Mas depois, quem ouviria a próxima gargalhada
sinistra?...
Pessoal, aguardo seus comentários........
Grande abraço a todos........
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