Haitiano morto volta pra casa depois de 21 anos

Narcisse sobre seu próprio túmulo.
O haitiano Clairvius Narcisse ficou muito doente em 1962, tendo vivido momentos de febre, dor intensa e
relatado a sensação de mosquitos perfurando sua pele. Isso sem falar na extrema dificuldade que sentia para respirar. Ele então foi levado ao hospital, onde foi atendido por dois médicos, mas, pouco tempo depois, foi declarado morto. O velório foi breve e o enterro foi logo realizado.

Narcisse, no entanto, disse nunca ter morrido de verdade. O que aconteceu foi que ele acordou, meio perturbado, dentro de um caixão e enterrado. O haitiano acredita que foi envenenado e vítima de algum tipo de feitiço. Na noite seguinte, ele foi exumado por um shaman vudu e levado a um lugar desconhecido. Detalhe: ele bebeu uma mistura que o deixava em estado zumbi.

Depois disso, Narcisse afirma ter se tornado um escravo, sendo forçado a trabalhar dia e noite em uma plantação de cana-de-açúcar, todos os dias, ele e os outros "presos" recebiam a mesma mistura que os transformavam em trabalhadores-zumbis.

O fato é que os presos foram liberados em determinado momento e Narcisse afirma ter passado 18 anos vagando pelas ruas, procurando sua família, que a essa altura tinha absoluta certeza de sua morte. Em 1981, enquanto vagava por um vilarejo, Narcisse reconheceu sua irmã e ela também o reconheceu, pelo menos foi isso o que deu para entender pelos gritos assustados e altos que ela deu. Ele convenceu a irmã de que era ele quando usou um apelido que apenas a família conhecia.

Os vizinhos também reconheceram Narcisse e logo um médico psiquiatra foi chamado para ajudar a entender o acontecido. O haitiano respondia a todas as perguntas pessoais e da família sem o menor problema. Quando todos confirmaram mesmo que Narcisse era Narcisse, a imprensa internacional logo apareceu para cobrir a história mais do que bizarra.

Além do médico e da imprensa, um pesquisador de Harvard, Wade Davis, demonstrou muito interesse em estudar o caso. Davis, um especialista no uso de plantas por seres humanos, afirmou que o haitiano poderia mesmo ter sido obrigado a usar alguma substância que o deixasse sedado e subordinado.

O pesquisador explicou ainda que uma toxina conhecida como TTX pode deixar o corpo de uma pessoa em estado de morte, quando alguém ingere essa toxina, fica catatônico e com pouquíssimos sinais vitais. No Haiti, o TTX pode ser encontrado em uma espécie de sapo. Davis acredita que a substância responsável por deixar Narcisse alucinado e trabalhando como escravo por tanto tempo é uma toxina conhecida como Datura stramonium.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/

Um comentário:

  1. Há vários incidentes como esse no Haiti. É o que me faz classificar como "zumbis" apenas esses, que na verdade são "catalépticos funcionais" gerados por beberagens e poções, ao contrário da ideia que se tem de serem realmente mortos-vivos. Dois filmes muito bons que mostram bem essa cultura haitiana são "I Walked With a Zombie" e "The Serpent and the Rainbow", que falam bastante sobre essa cultura do Vodu. Excelente postagem.

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