As montanhas
da Península de Gelibolu, ou Galípoli, na Turquia, ainda estavam escalavradas
pelas trincheiras individuais da 01ª Guerra Mundial quando Leon Weeks chegou
lá, no começo da década de 50.
O arqueólogo
norte-americano esperava encontrar relíquias da desastrosa campanha aliada de
1915 a 1916, mas encontrou muito mais.
Uma noite,
fumando um cigarro em frente à barraca, viu um homem descendo o morro vizinho.
O vulto puxava um burro, cujo fardo desajeitado bem parecia um corpo. Weeks foi
atrás, chamando o homem em voz alta, mas eles desapareceram nas rochas
antes que pudesse alcançá-los.
Na noite
seguinte, o arqueólogo viu-os de novo, de modo mais claro, e pôde até
distinguir o brilho das botas de couro no fardo que o burro levava. O homem que
puxava estava vestido como um soldado. Essas imagens estavam deixando Weeks
muito confuso, pois tal situação não fazia sentido. Noite após noite os dois
apareciam, mas Weeks nunca conseguia alcançá-los. Teve que deixar a região sem
resolver o mistério.
Em 1968, por
acaso, Weeks teve a oportunidade de ver a coleção de selos de um amigo
britânico. Ali, entre os selos comemorativos australianos, topou com uma cena
familiar: um homem puxando um burro que levava um ferido.
O selo,
explicou o amigo, fora lançado em 1965, em homenagem ao heroísmo do soldado
raso John Simpson, um soldado inglês que servira como padioleiro na campanha de
Galípoli.
John e seu
burro eram figuras conhecidas entre os soldados e oficiais, pois haviam salvado
centenas de feridos em Galípoli, até ser morto por estilhaços, em Maio de 1915.
Os registros
mostram que fora enterrado entre as rochas de Galípoli.
Walacionil Wosch
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