A Cripta dos Vampiros – Parte 11-2



Os Vampiros Mais Famosos


Elizabeth Bathory

ElizabethBathory foi a Condessa que torturou e assassinou várias jovens e, por causa disso, ficou conhecida como um dos verdadeiros Vampiros da história.
A Família Bathory viveu no que conhecemos hoje como República Eslovaca. Muitos dizem que ela era Húngara, mas isso se deve ao fato de que, naquela época, as fronteiras Húngaras não eram o que podemos chamar de fixas.
Ela cresceu numa propriedade da Família Bathory, em Ecsed, Transilvânia. Quando criança, era sujeita a doenças repentinas, acompanhadas de intenso rancor e comportamento incontrolável. Em 1574, Elisabeth engravidou de um breve romance com um camponês mas, assim que sua barriguinha ficou visível, ela foi escondida de todos, pois estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy.
Elizabeth se casou com ele em Maio de 1575. Como era soldado, o Conde Nadasdy passava a maior parte do tempo em campanhas, o que fazia com que a Condessa tivesse de assumir os deveres de cuidar dos assuntos do Castelo Savar, propriedade da Familia Nadasdy.
Foi aí que sua carreira maligna realmente começou, com o disciplinamento de um grande número de empregados, principalmente mulheres jovens. Ela não só punia aqueles que infringiam seus regulamentos, como também encontrava desculpas para severas punições, deleitando-se com a tortura e morte de suas vítimas.


Diz-se que, certo dia, a Condessa, envelhecendo, estava sendo penteada por uma jovem criada, quando a menina acidentalmente puxou seus cabelos. Elizabeth virou-se para ela e a espancou. O sangue espirrou e algumas gotas ficaram na mão de Elizabeth Bathory. Ao esfregar o sangue nas mãos, estas pareciam tomar as formas joviais da moça. Foi a partir deste incidente que Elizabeth desenvolveu sua reputação de desejar o sangue de jovens virgens.
O Conde Nadasdy não só tomava parte nos atos cruéis de sua esposa como ensinava a ela novas formas de tortura. Ele veio a falecer em 1604. Após sua morte, Elisabeth mudou-se para Viena e, logo depois, passou um tempo no Solar de Cachtice, o local que foi o cenário de seus atos mais depravados e famosos.
Uma segunda história fala o comportamento de Elizabeth após a morte do marido, quando se dizia que ela tinha envolvimento com homens mais jovens. Numa ocasião, quando estava em companhia de um desses homens, viu uma mulher de idade e perguntou a ele:

– O que você faria se tivesse de beijar aquela velha bruxa?

O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Elizabeth de excessiva vaidade e acrescentou que tal aparência era inevitável, mesmo para uma Condessa. Diversos historiadores têm ligado a morte do marido de Elizabeth e essa história, a sua preocupação com o envelhecimento e daí o fato de ela se banhar em sangue.
Nos anos que se seguiram após a morte do marido, Elisabeth conseguiu uma nova companheira para seus atos sádicos: uma mulher chamada Anna Darvulia, de quem pouco se sabe.
Em 1610, começaram as investigações sobre os crimes da Condessa. Na verdade, era mais por motivos políticos: o Conde Nadasdy havia emprestado dinheiro ao Rei e este queria se ver livre de tal empréstimo, confiscando o latifúndio da Condessa. Porém, as suspeitas dos assassinatos dela eram mais que uma desculpa para concretizar os planos da coroa.
Com isso, em 26 de Dezembro de 1610, a Condessa Elisabeth Bathory foi presa e julgada alguns dias depois. Em 07 de Janeiro de 1611, foi apresentada como prova uma agenda contendo os nomes de todas as vítimas da Condessa, registrados com a sua própria letra. No total foram 650 vítimas.
Além de sua reputação de assassina e sádica, ainda foi acusada de ser uma Lobisomem e uma Vampira. Durante seu julgamento, várias pessoas afirmaram que ela mordia o corpo das meninas que torturava. Ela foi acusada então de drenar o sangue de suas vítimas e de banhar-se nesse sangue para reter a juventude.
Por todos os parâmetros, Elisabeth era uma mulher muito atraente. “The Book of Werewolves” registra a lenda básica de uma Condessa húngara que matou suas criadas para banhar-se no seu sangue, uma vez que ela imaginava que esse tratamento manteria sua pele jovem e saudável. A verdade é que ela assassinou 650 moças para esse fim.
O testemunho de centenas de pessoas demonstrou que o seu uso de sangue para finalidades cosméticas era lenda, mas confirmou que ela, de fato, matou mais de 650 moças (ela recorda cada atrocidade no seu diário). A Condessa evidentemente gostava de morder e dilacerar a carne de suas jovens criadas. Um de seus apelidos era Tigre de Cachtice.
Ela torturou também em Viena, onde possuía uma mansão na Rua dos Agostinianos, próximo ao Palácio Real, no centro da cidade. Durante o julgamento em 1611, foi confirmado que, em Viena, os monges arremessavam seus corpos contra as janelas quando ouviam os gritos das moças sendo torturadas. Esses monges sendo, certamente, os do velho mosteiro Agostiniano defronte a Mansão Barthory.
No porão, Elizabeth mandou um ferreiro construir uma espécie de compartimento de madeira, ou cela, onde torturava suas vítimas. Os constantes casamentos entre membros nobres da mesma família na Hungria, destinados a manter as propriedades entre si, levaram à degeneração genética (a própria Elizabeth era sujeita a ataques epiléticos). Também um dos seus tios foi um notório Satanista, sua tia Klara uma terrível aventureira sexual e seu irmão Stephen um bêbado e um devasso.
Mais alguns atos da Condessa: pouco antes de completar 15 anos, Elizabeth casou-se com Ferenc Nadasdy. Ferenc era tão cruel quanto sua esposa. Quando em casa, distraía- se torturando presos turcos. Ensinou até mesmo algumas técnicas de tortura a Elizabeth. Uma delas, muito dolorosa, era uma variação do pé quente, em que pedaços de papel embebido em óleo são colocados entre os dedos do pé de empregados preguiçosos, aos quais se ateia fogo, fazendo com que a vítima veja estrelas de dor e se contorça tentando se livrar do fogo.
Elizabeth enterrava agulhas na carne e sob as unhas de suas criadas. Punha também moedas e chaves aquecidas ao rubro nas mãos das torturadas, ou então, usava um ferro para marcar o rosto de empregadas indolentes. Também costumava jogar moças na neve, enquanto água fria era atirada sobre elas até que morressem congeladas.
A moça era levada para fora sem roupa e seu corpo esfregado com mel. Ela permanecia 24 horas ao ar livre, de modo que pudesse ser picada por mosquitos, abelhas e outros insetos. Ela ateou fogo aos pelos pubianos de uma de suas empregadas. Uma vez, ela abriu a boca de uma criada até que seus cantos se rasgassem.
Barthory fazia tudo isso muito tranqüilamente, porque era uma aristocrata húngara. Os criados eram eslavos, e podiam ser tratados como propriedade ou objeto, tão cruelmente quanto ela quisesse porque não tinham para quem apelar.
Há muitas ligações entre a familia Bathory e Drácula. O chefe em comando da expedição que repôs Drácula no trono em 1476 foi o Príncipe Stephen Bathory. Além disso, um feudo de Drácula passou às mãos dos Barthory durante o tempo de Elizabeth. O lado húngaro dos antepassados de Drácula podem ter relação com o Clã Bathory.

Continua...

Walacionil Wosch

2 comentários:

  1. Eu amo as história da Elizabeth Bathory, ela meio q me chamou pro lado negro da força. Tem um filme dela, chamado A Condessa de Sangue (bem decepcionante por sinal), q ela fora vítima de uma conspiração por outro nobre q era obsecado por ela. Isso te faz pensar: Será isso aconteceu mesmo ou foi realmente uma conspiração?

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    1. Boa pergunta. Eu até tive vontade de assistir esse filme mas, depois de ler uma sinopse detalhada, desisti. Tenho aqui o filme "A Condessa Drácula", bem antigo, por sinal, mas ainda não assisti.
      Um grande beijo e fico muito feliz pelos seus comentários...

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