Esperança...

Uma brisa suave soprou pelo vale, empurrando as nuvens de forma suave através do céu. A grama alta e verde repetiu o movimento no céu, balançando suavemente como a luz do sol fresco que se estendeu até o horizonte distante. Pássaros cantavam suavemente em uma árvore em cima de uma pequena colina, lançando sombra em cima de uma figura solitária.

Ele se mexeu um pouco durante o sono, e, gradualmente, acordou. O homem levantou-se lentamente, trêmulo, e olhou ao redor.

Ele não tinha visto tanta beleza antes.

O homem conhecia aquele lugar. Ele colocou um pé na frente do outro, e começou a avançar. Seu progresso foi lento, doloroso mesmo, mas o seu ritmo acelerava a cada passo. Logo, ele foi correndo despreocupado ao longo do vale, seus passos leves e suaves.

Ele subiu um monte, e foi capaz de ver uma pequena cidade à distância. Ele ficou olhando por um bom tempo. O sol ainda estava alto no céu.

O homem desceu o morro correndo, em direção ao pequeno aglomerado de casas. O sol afundou gradativamente atrás dele, e as nuvens escuras começaram a aparecer de forma sutil.

Passos do homem estavam agora enormes, quase saltos. O homem disparou sobre os campos de flores serenas, cheias de vida e de cores vibrantes. O sol afundou mais ainda, o céu ficou mais nublado, mas ainda haviam cores vivas.

O homem saltou e voou pelo ar, rodeado por uma beleza indescritível de tal forma que as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ainda assim, ele continuou indo para a cidade. Ainda assim, o sol continuou desaparecendo; as nuvens continuaram a se reunir.

Ele agora estava perto o suficiente para que pudesse ver muitos habitantes da pequena cidade. Todos os seus amigos, toda a sua família, apenas um batimento cardíaco de distância. Um soluço pequeno escapou da garganta do homem que viu sua esposa e filhos em pé na orla da cidade, esperando por ele. Ele continuou correndo até eles com toda sua força, impulsionando-se em seus braços acolhedores.

O sol desapareceu no horizonte, e o mundo foi consumido pelo fogo. Um par de cães correram para fora das chamas, e agarraram o homem, arrastando-o de volta para as chamas. O homem agarrou a sua família, mas as criaturas seguraram ele forte e tiraram ele do alcance. As nuvens cobriram o céu, caindo em uma noite escura. Começou a chover fogo na pequena aldeia, matando seus habitantes e destruindo a paisagem.

O homem chorou de horror, enquanto observava seu mundo sendo destruído novamente. Ele tinha quase conseguido, desta vez.

O Inferno seria um lugar mais fácil, se não houvesse esperança.


Fonte: http://creepyterror.blogspot.com.br/

4 comentários:

  1. nooossa, chorei aq! Parabéns ao autor, ficou perfeita

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Também chorei Anna, muito triste esse final. Mas a Creepy é realmente interessante e bem escrita ^.~

      Excluir
  2. Emocionei-q mentira,lembrei do Frank Castle coitado.

    ResponderExcluir
  3. uau, ficou incrível, muito bem escrita, deu para ver até a cena, acho que é a minha creepy preferida agora.

    ResponderExcluir