Gêmeo Parasita

Gêmeo parasita ou também chamado fetus in fetu é um caso muito raro no qual um feto não viável ou mal formado é englobado pelo feto do seu gêmeo com desenvolvimento normal, em geral, alojando-se no abdômen ou na cavidade retro perineal. Consiste em uma anormalidade do desenvolvimento na qual é encontrada uma massa de tecido semelhante às formas de um feto. Esta condição é extremamente rara, sendo, portanto, pouco discutida na literatura médica. Acredita-se que ocorre um caso a cada 500 mil nascimentos, há menos de 100 casos citados pela literatura em todo o mundo.

A maioria dos gêmeos parasitas apresenta anencefalia (malformação rara do tubo neural), mas podem ter membros e a coluna vertebral. Existem algumas teorias a respeito da etiologia desta anormalidade. 

Os fetos dos gêmeos iniciam o crescimento de modo paralelo, mas o gêmeo parasita tem o crescimento interrompido por um defeito ou pela dominância vascular de seu par. Alguns acreditam que se trate de um feto, que inicia seu desenvolvimento normalmente, mas que acaba sendo envolto pelo seu gêmeo. Outros acreditam que se trate de uma massa altamente desenvolvida, como, por exemplo, um teratoma (tumor misto, formado por resíduos fetais e tecidos embrionários).

O gêmeo parasita pode ser considerado vivo, uma vez que os seus componentes ainda não morreram e nem foram eliminados do organismo. Desta forma, a vida do fetus in fetu pode ser comparada à forma como um tumor é medido pelo organismo, no qual as células permanecem viáveis devido à existência de atividade metabólica normal. 

Todavia, uma vez que o feto não se encontra em um ambiente adequado para o seu desenvolvimento, o útero com o líquido amniótico e a placenta, há defeitos críticos, não havendo funcionamento do cérebro (quando há cérebro), coração, pulmões, trato gastrointestinal ou do trato urinário. Em outras palavras, o fetus in fetu não possui chances de vida fora do organismo do gêmeo hospedeiro.

Uma vez que o gêmeo parasita oferece riscos de vida para o seu hospedeiro, a recomendação é sempre a remoção cirúrgica.

Veja agora alguns casos:

Kang Mengru



A chinesa Kang Mengru, estava com a barriga muito inchada quando a família decidiu fazer uma tomografia – e assim, descobriram que o seu irmão gêmeo (parasita) se desenvolveu dentro do seu ventre.

Kang foi abandonada pelos pais biológicos, mas em setembro de 2009 ela foi operada no Zehenzhou People’s Hospital, na China. Fora 10 horas de cirurgia para remover o gêmeo parasita.

A equipe, liderada pelo Dr. Zhang Xuedong, afirmou haver um grande risco cardíaco, pois havia muita pressão dentro do peito e da barriga da menina, mas tudo correu bem. Depois disso, Kang foi adotada por um casal chinês.

Yin Xin


Yin Xin, uma menina chinesa de 11 anos com o gêmeo parasita nas costas. O corpo do gêmeo foi se desenvolvendo dentro dela. Ela foi operada por uma equipe de médicos de um hospital de Pequim para retirar o gêmeo.

A cirurgia foi dividida em quatro etapas. Yin Xin mora em uma região montanhosa da província chinesa de Shanxi e é a segunda em uma família com três irmãos. Segundo os médicos, o número de crianças nascidas com deformações congênitas aumentou em 6% em 2010. O percentual chega a 60% desde 2001. Os especialistas acreditam que esse tipo de problema também pode estar relacionado com a poluição ambiental.

Lakshmi Tatama


Lakshmi Tatama é uma menina indiana nascida em 2005 que tinha 4 braços e 4 pernas, uma equipe com mais de 30 cirurgiões retirou os quatro membros que se desenvolveram no corpo da menina de 2 anos. A operação durou cerca de 27 horas e foi possível que o parasita fosse removido.

Bebê com seis pernas 


Um bebê com apenas uma semana de vida, chamou a atenção da imprensa e autoridades médicas do mundo todo por nascer com oito membros. Conforme o tabloide "The Sun", a criança paquistanesa foi concebida com um gêmeo parasita grudado em seu abdômen. Uma imagem divulgada pelo Instituto Paquistanês de Saúde Infantil mostra o bebê logo após a cirurgia que removeu os membros sobressalentes.

Deepak Kumar Paswaan



O garoto indiano de oito anos acometido pelo mal Fetus in fetu. Neste caso, Kumar nasceu com partes do corpo do irmão gêmeo presas ao seu tórax. Os habitantes do povoado onde ele mora chamam-no de menino-polvo e algumas pessoas pensam que ele é a reencarnação do diabo em um corpo humano.

Mas felizmente, seus pais conseguiram sensibilizar um grupo de cirurgiões para que tentassem remover o irmão parasita em uma operação que durou 4 horas. O pequeno Deepak Kumar Paswaan agora pode rir finalmente e brincar como qualquer outra criança de oito anos sem que seja apontado como uma aberração.

 Baghat


O indiano Baghat viveu durante anos, sem saber, com o seu irmão gêmeo no próprio estomago. O estômago de Sanju Bhagat sempre foi inchado. Com o tempo isso só piorou e chegou um dia em que Baghat mal pôde respirar, o que o levou, em 1999, a procurou o médico Mehta, na cidade de Nagpur.

O médico diagnosticou um tumor e marcou uma cirurgia para lo remover. Ao abrir o estomago de Bhagar, Mehta viu, em meio a um líquido malcheiroso, algo que parecia um braço, depois algo como se fora uma perna, em seguida surgiu uma genitália, cabelos e maxilas. Finalmente o Dr. Mehta removeu o corpo mutante do irmão gêmeo de Bhagat de seu estômago.

O feto preso pode sobreviver como um parasita mesmo após o nascimento, dando forma a uma estrutura que vive do sangue de seu irmão.

Manar Maged 


Em 19 de fevereiro de 2005, um destes sobreviventes, um bebê de 10 meses chamado Manar Maged foi submetido a uma cirurgia de 13 horas para retirar o seu irmão parasita...

O gêmeo de Manar podia rir, piscar, chorar e tentava até mesmo mamar, mas com um corpo totalmente subdesenvolvido, sem pulmões e coração, só estava vivo porque absorvia nutrientes e até mesmo oxigênio de seu irmão.

Médicos egípcios conseguiram remover, por uma complicada cirurgia, o irmão parasita do pequeno Manar. No ano seguinte, uma severa infecção cerebral acabou por anular todos os esforços para salvar a vida do pequenino.

Francesco A. Lentini


Francesco A. Lentini nasceu em 1899, na Sicilia. Tinha três pernas (todas de diferentes tamanhos), dois órgãos genitais funcionado e quatro pés: o quarto nascia no joelho de sua perna parasita. Atuava em Shows nos Estados Unidos, onde corria e jogava futebol com sua terceira perna. Casou e teve quatro filhos, morrendo em 22 de setembro de 1966.

Jean Libbera


Jean Libbera nasceu em Roma em 1884. Deu a seu gêmeo o nome de Jacques, quem tinha quadris, coxas, braços, pernas e uma estrutura rudimentária dentro do corpo de Jean que parecia ser sua cabeça. Jean trabalhou em vários circos, como os típicos Freak Shows do parque de diversões Dreamland da Coney Island, em Nueva York. Ele casou, teve quatro filhos e morreu em 1936.

Fontes:

4 comentários:

  1. Nossa que coisa bizarra, pior é ser assim no oriente que ninguém entende que é uma anomalia e já chamam a criança de demônio como se eles não tivessem sentimentos...assim como também chamavam os caras pra circos de freak show,ai tu vê até onde vai a crueldade do ser humano. Ótimo post LD. :)

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    1. É vdd Darth. O ser humano é incrivelmente MAU... uma pena né?
      Ah Obg.

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  2. se continuar com essas postagens , vou querer levar vc para O Mundo Real kkkkkkkkkk

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