Ele foi criado no circo, por seu pai, um domador de animais selvagens e dono do tal circo já mencionado. Sua mãe, uma trapezista que segundo os relatos era muito talentosa, morreu durante o seu parto. Seu pai acabou por falecer mais tarde, em decorrência de uma grave doença que o levou a loucura e mais tarde a morte. Sobrou para o infeliz Mark comandar o circo, mas ele não levava jeito para comandar e aos poucos, um por um dos artistas que ali trabalhavam foram o abandonando. Por fim, o palhaço ficou sozinho. Era a decadência do grande circo. A solidão acabou o enlouquecendo também, gradativamente, até o ponto em que Mark chegou à extrema insanidade.
Em uma atitude desesperada para levantar seu circo, prometeu a cidade um grande espetáculo, jurando que ali seu circo iria retomar o vigor de antigamente, em um show totalmente gratuito. E na data e horário combinado, ali estava toda a cidade, lotando o picadeiro, prontos para assistir o tal espetáculo. Logo Mark entrou, vestindo sua habitual fantasia de palhaço, um pouco mais suja e maltrapilha que o de costume.
Tudo foi bem, Mark fez o seu número e como sempre, foi um sucesso, todos ali presentes foram às gargalhadas. Mas ele não quis parar ali, quis fazer todos os números que o circo fazia normalmente... porém, agora ele estava sozinho. O pobre palhaço encarnou todos os artistas e até os animais que faziam parte do show, o que resultou eu um espetáculo no mínimo, patético e bizarro. Em seu ultimo número, Mark tentou fazer o número do trapézio, mas ele não era um trapezista e logo na primeira tentativa, caiu no chão.
Todo quebrado, machucado, caído, ali no picadeiro, sua maquiagem misturando-se as lágrimas de dor e sangue. A plateia, que por um momento estava em silencio, logo ficou tomada por um barulho ensurdecedor, barulho esse que Mark conhecia muito bem. Eram risos. Mas eles não estavam rindo com Mark e sim de Mark. Logo um sentimento de humilhação e ódio, tomou conta do palhaço. Era perturbadora a situação que o pobre palhaço se encontrava.
Ele foi socorrido e levado ao hospital, mas fugiu assim que melhorou. Voltou ao seu circo e lá começou a confabular planos de como se vingaria das pessoas que naquela noite, riram dele e o humilharam. E logo um plano veio a sua cabeça e um sorriso maligno se formou em seu rosto. Alguns dias depois, Mark estava vendendo sanduíches para todas as crianças da cidade. O palhaço era um grande cozinheiro e logo seus sanduíches fizeram sucesso e a fama se espalhou pela cidade, em pouco tempo todas as crianças queriam experimentar a iguaria. Um grande sucesso, mas que logo foi sucedido por uma tragédia.
Na mesma noite, praticamente todas as crianças da cidade padeceram e acabaram falecendo. A causa, logo foi descoberta pelos médicos, foram todos envenenados por cianureto. A culpa recaiu sobre o palhaço e embora as autoridades tenham tentado conter a população, em vão, toda a cidade estava revoltada com a barbárie.
Todos revoltados, por terem perdido seus filhos na tragédia foram atrás do palhaço para fazerem justiça com as próprias mãos. Os revoltosos, aproveitaram que Mark estava dormindo e atearam fogo no circo. O assassino até tentou se salvar, mas acabou sendo consumido pelas chamas. Mas infelizmente, a história não acabou aí.
Era o fim definitivo do circo, mas não o de Mark. Apesar de louco, Mark era esperto e logo que morreu, tratou de fazer um acordo com a própria morte para conseguir escapar de seu castigo. Caso a morte, permitisse que Mark ficasse na terra, vivo, ele enviaria milhares de outras para ela. Assim, o palhaço enganou a morte e voltou a terra, como um aliado da própria e responsável por lhe enviar outras pessoas para que ela pudesse leva-los. Mark se especializou, ficou rico, poderoso e continuou levando as pessoas a morte, porém agora ele mata as pessoas mais lentamente, aos poucos, mordida após mordida, sem pressa, enviando suas vitimas uma a uma, direto para os braços frios da morte. Sim, Mark continuou matando as pessoas usando a comida como arma. E você provavelmente deve conhecê-lo, ele acabou se tornando muito famoso.
Aliás, faz quanto tempo que você não vai ao McDonalds?
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