Ola! Meu nome é Luan Carlos Almeida do Nascimento, estou
aqui escrevendo isso agora apenas por querer relatar alguns dos fatos estranhos
que me cercam. Pois é! Fatos paranormais, alguns completamente sinistros e sem
o menor nexo um com o outro. É como se estivesse vivendo em um mundo onde todas
as assombrações me quisessem, mas como eu queria que as mulheres também me
quisessem o tanto que essas coisas sinistras me querem. Agora mesmo, elas estão
me observando escondidas, atrás da porta, em cima do guarda-roupa, ou ate mesmo
em cima de mim... Apenas olhando o que estou fazendo e aguardando o momento
certo de fazer suas aparições...
Você pode ter certeza que não estou tendo alucinações, ou
muito menos estou louco, mas você possui a liberdade de achar o que quiser... Tudo
começou quando eu tinha apenas oito anos... Eu estava na casa do meu tio e vi
uma pessoa sentada na beira da piscina sozinha, ela parecia triste e estava
usando um grande agasalho velho e sujo. Bem, nunca gostei de ver pessoas
tristes ou sozinhas, muito menos iria ignorar uma pessoa triste e sozinha.
Então fui falar com ela, ao chegar perto, percebi que era uma linda garota de
cabelos escuros e olhos claros que, aparentava ter em torno de 15 a 16 anos, a
minha idade atualmente e, por baixo do velho agasalho vestia uma roupa de princesa,
mas estava completamente encharcada. Sentei-me ao lado da garota perguntando:
- Qual é o seu nome?
- Meu nome é Selena e o seu? – Respondeu com um olhar triste
para o fundo da piscina.
- O meu é Luan Carlos, mas pode me chamar apenas de Luan. –
Respondi calmamente.
- Esta bem! – Selena afirma sem demonstrar nenhum ânimo.
- Ei! Por que você esta tão triste? – Perguntei curioso, achando
que poderia ajudá-la.
- É por que eu estou sempre sozinha! – Respondeu mantendo
seu olhar para a piscina.
- É mesmo! – Respondeu entrando na piscina com um pequeno
sorriso.
Estranhei o fato de ela entrar na piscina e a água nem ao
menos si mover. Abri minha boca para perguntar como ela fazia aquilo e então
ela segurou meu braço direito, me puxando, assim, para dentro da piscina. Os
primeiros segundos foram de desespero e aflição... ‘’Estou sem ar!’’, ‘’Não consigo
respirar!’’, esses foram meus pensamentos naquele momento, mas logo após esses
longos segundos de desespero, eu parei para olhar a garota, tão linda... ‘’Porque
ela esta fazendo isso comigo?’’, me perguntei naquele momento.
Repentinamente me
senti em meio a uma grande solidão, cheguei ao momento que preferiria continuar
em desespero sem ar, ao ter que continuar naquele lugar horrível, eu mal podia
imaginar poder sentir esse tipo de sentimento, tão forte, tão triste e tão
angustiante... Nenhum ser humano seria capaz de agüentar esse tipo de coisa...
Aquela garota sentia tudo isso? Não sei responder agora... Mas em vez de me
sentir sendo afogado, me sentia sendo destroçado... Não a sentimento pior do que
aquele, e disso posso lhe dar certeza... Finalmente depois de algum tempo que
não sei ao certo quanto, meu pai me puxou para fora daquela ‘’piscina de
solidão’’. Ao ser examinado por meu tio que era um medico, logo foi descoberto
que meu braço direito havia sido quebrado e uma marca semelhante a uma mão
estava por cima do local onde eu teria quebrado o osso. Logo deduziram que
teria sido uma pancada... Ainda tenho a marca ate hoje. É claro que eu
perguntei sobre a garota, mas ninguém a teria visto e meus pais me mandaram
parar de falar tanta besteira.
Depois disso
aconteceram varias outros acontecimentos estranhos. Sempre contava para meus
pais tudo que acontecia, mas como geralmente acontecem, eles levaram como uma
simples ‘’imaginação fértil’’. Então com o passar do tempo percebi que era inútil
falar as coisas que via e aconteciam comigo, e passei a guardar tudo para mim e
agora vou começar a dividir com você...
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