Esmaga-Seios
No Século XV,
as bruxas e a magia estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram
tão enraizada
s, que foi muito ativo o comércio do “óleo santo”, cinzas, sangue
de morcego e similares.
Então, as bruxas
e os bruxos passaram a ser considerados “hereges”. O esmaga-seios, aquecido em
brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas.
Na França e na
Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com
ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto
voluntário.
Guilhotina
A Revolução
Francesa apagou os rastros da tortura, mas deixou de pé o patíbulo.
O inventor da
guilhotina foi o filantropo Dr. Ignace Guillotin. A Assembléia sancionou uma
lei, em 03 de Julho de 1791, pela qual “todas as pessoas condenadas à morte
terão a cabeça cortada”.
Um ano depois,
iniciou-se a utilização da guilhotina. Depois de diversas experiências com
cadáveres, morreu decapitado o condenado por nome Nícola Pelletieri, e o
carrasco foi Charles Sansom, o mesmo que, em seguida, decapitaria o rei da
França, Luis XVI.
Empalador
A tortura do
empalador está entre os suplícios mais ferozes e bárbaros. Provavelmente é
através dos turcos que sua triste utilização difundiu-se na Europa Medieval.
Era uma
punição geralmente imposta aos prisioneiros capturados com armas nas mãos. As
vítimas eram, primeiramente, desnudas e, então, literalmente enfiadas de baixo
para cima numa estaca pontiaguda.
Em similar
posição, eram deixadas sobre os muros aos castelos invadidos ou em frente às
fortalezas assediadas.
Atroz era a
agonia dos infelizes que sobreviviam por diversos dias até a morte por
hemorragia.
Cócegas Espanholas
Similar a um
garfo encurvado, as cócegas espanholas eram usadas para fazer “cócegas” no
inquirido, em todas as partes do seu corpo.
O instrumento
acaba deixando marcas permanentes no corpo do torturado. Era usado na Península
Ibérica, de 1300 a 1700.
Servia também
para arrastar as vítimas em frente aos tribunais, sem tocá-los com as mãos,
pois grande parte dos prisioneiros eram
sujos, com doenças e infecções.
Esmaga-Polegar
O
esmaga-polegar era um instrumento usado como alternativa às principais
torturas, ou um tipo de amedrontamento, antes de começarem as próprias.
O acusado
sofria a mutilação do polegar simplesmente com o aperto do parafuso.
Usado na
Alemanha e no norte da Itália entre 1300 e 1700, esse método muito doloroso
servia para obter delações, informações ou confissões de delitos, muitas vezes
não cometidos.
Roda de Despedaçamento
A roda do
despedaçamento produzia um sistema de morte horrível.
O réu era
amarrado com as costas na parte externa da roda. Sob ela colocavam-se brasas e
o carrasco, girando a roda cheia de pontas, fazia com que o condenado morresse
praticamente assado.
Em outros
casos, no lugar de brasas se colocavam instrumentos pontudos, de maneira que o
corpo ia sendo dilacerado à medida que se movimentava a roda.
Esteve em uso
na Inglaterra, Holanda e Alemanha, no período de 1100 a 1700.
Esmaga-Joelhos
O
esmaga-joelhos era colocado na perna da vítima, na altura do joelho, e apertado
até que as pontas penetrassem na carne, estraçalhando a rótula.
O exercício
era repetido várias vezes, o que causava inutilização permanente da perna.
Era uma
tortura aplicada na Ásia, principalmente no Sião, até o Século XIX. Era
utilizada contra ladrões e estelionatários.
Para os
assassinos, depois da tontura, vinha a morte por decapitação.
Empalador Contrário
O empalador
contrário é considerado ainda pior do que o empalador original.
Foi usado
pelos turcos de “Solimão, o Magnífico”, na conquista da Europa Oriental. Foi
usado também na Iugoslávia, Romênia, Hungria e Bulgária.
A morte era
terrificante e lenta, porque não chegava até que a estaca atingisse a garganta,
porquanto o sangramento, uma vez que a vítima estava de cabeça para baixo, era
muito lento.
Serrote
O serrote era
um instrumento de execução.
O condenado
era suspenso pelos pés e, então, o carrasco iniciava a operação de serrá-lo de
cima para baixo. O motivo desta posição era assegurar uma oxigenação do cérebro
e impedir que o sangramento fosse muito forte e rápido.
Assim, a
vítima não perdia a consciência até que o serrote chegasse no umbigo.
A esta morte
cruel foram condenados todos os oficiais franceses capturados pelos espanhóis
na campanha de Napoleão pela conquista da Península Ibérica, em 1807.
No final da
guerra, a vingança francesa foi muito brutal.
Forquilha do Herege
Ao herege era
reservado um tratamento diferente daquele dado aos condenados comuns, visto que
o objetivo da penitência era a sua alma, ainda que no momento da morte.
A Inquisição
espanhola representava a fase aguda do processo acusatório contra as heresias.
A forquilha do
herege era colocada no tórax e embaixo do queixo do condenado e com uma cinta
de couro era apertada contra o pescoço, fazendo com que as pontas penetrassem
na carne.
Não era usada
para obter confissões, mas como uma penitência empregada antes da execução do
condenado.
Cadeira Inquisitória Menor
A cadeira
inquisitória menor era usada na Europa Central, especialmente em Nuremberg e em
Fegensburg, até 1846, durante os procedimentos judiciais.
O inquirido
apoiava todo o seu peso sobre o assento, que era colocado em posição inclinada
para a frente. Com o passar das horas, a posição incômoda tornava-se muito
dolorosa, pelo efeito das agulhas nos braços e nas costas.
Em outras
variações, a cadeira, muitas vezes de ferro, podia ser aquecida, sobre cujas
pontas incandescentes tinha de sentar o condenado.
Continua...
Walacionil Wosch
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