A criatura virou lentamente a cabeça e olhou para a luz, revelando dois olhos imensos, sem pálpebras, que brilhavam "como duas bolas de gude cor de laranja", e um rosto inexpressivo, sem nariz aparente. O bicho tinha a cabeça em forma de melancia, cujo tamanho era quase igual ao resto do corpo. A pele, sem pêlos, tinha a consistência aparente de "lixa ". Com cerca de 1,20 metro de altura, o estranho ser caminhava incertamente ao longo do muro, passando os longos dedos pelas pedras, enquanto se movia. Aquela visão deixou Bartlett emudecido e, poucos segundos depois, quando conseguiu falar, os faróis do carro já haviam passado pela criatura. Seus dois companheiros, distraídos, não perceberam nada.
Decorrido pouco tempo, John Baxter, de 15 anos, voltava para casa pela Millers High Road, após ter deixado a namorada em casa, à meia-noite. Um quilômetro mais à frente, viu uma figura de baixa estatura que se aproximava. Imaginando que fosse o amigo que morava naquela rua, Baxter chamou-o, mas não obteve resposta. Os dois continuaram a se aproximar, até que a pequena figura parou. Baxter também parou e perguntou:- Quem está aí? Com o céu encoberto, Baxter via apenas a forma indistinta. Quando deu um passo à frente, o vulto afastou-se para o lado, correu para o bueiro raso e desapareceu. Perplexo, Baxter seguiu o estranho até chegar ao bueiro. Olhou para o outro lado e, 10 metros mais adiante, viu alguma coisa com corpo simiesco, cabeça semelhante a uma melancia e olhos brilhantes. Seus dedos compridos estavam entrelaçados na árvore. Apavorado, Baxter decidiu fugir dali.
A pessoa seguinte a ver o demônio de Dover foi Will Taintor, de 18 anos, amigo de Bill Bartlett. Ele soube da existência da criatura por intermédio de Bartlett. Mesmo assim, ficou chocado quando, junto com a amiga Abby Brabham, de 15anos, viu a coisa na Springdale Avenue. A descrição dos dois combinou com a de Bartlett, exceto com relação aos brilhantes olhos cor de laranja. Eles juraram que eram verdes.
Ao interrogar as testemunhas, os investigadores ficaram impressionados com a consistência das declarações. O chefe de polícia, o diretor do ginásio, os professores e pais dos jovens confirmaram que os rapazes e as moças eram honestos e confiáveis. Walter Webb, um dos investigadores, anotou na conclusão dos estudos sobre o caso:
"Nenhum dos quatro jovens estava drogado ou bêbado, no momento em que viram a criatura. Os envolvidos não fizeram nenhuma tentativa de ir aos jornais ou à polícia para fazer declarações. Em vez disso, as visões foram sendo divulgadas gradativamente. Quanto à idéia de que as testemunhas pudessem ter sido vítimas da brincadeira de alguém, isso parece pouco provável, principalmente devido à virtual impossibilidade de se criar um "demônio" animado e com vida do tipo descrito. O que era o demônio de Dover? Alguns chegaram a sugerir a presença de um extraterrestre."
Fonte: http://medievallegends.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário