Síndrome de Kleine-Levin, ou SKL

1 - Síndrome de Kleine-Levin, ou SKL

O Caso mais famoso dessa doença é a de Louisa, conhecida como “A Bela Adormecida”. Ela tem 17 anos, parece uma princesa e dorme. Se nós contamos as horas de sono, a inglesa Louisa Ball conta o sono em dias. Dias e mais dias de uma adolescência que ela quase não viu passar.

A Bela Adormecida de verdade não vive em um castelo, e, sim, em uma casa comum, perto do mar, no sul da Inglaterra. O sono não foi provocado por nenhuma bruxa, e, sim, por uma doença rara. E a diferença mais importante é que, na vida real, o conto de fadas às vezes parece um pesadelo.

Tudo começou três anos atrás. Depois do que pareceu uma gripe normal, a menina tranquila se transformou: virou agressiva, xingava os pais. A mãe conta que não a reconhecia: “Parecia uma outra menina”, ela diz.

Louisa só se acalmava dormindo. Até hoje, as crises de sono duram de uma a duas semanas e não adianta ninguém chamar.

Ela passa 22 horas por dia na cama. Depois: comida, xixi e cama de novo. Acorda sem se lembrar de nada, cinco quilos mais magra e com uma fome! O pai conta que o apetite da filha também parece fora do normal: “Ela come um pacote inteiro de biscoitos, cinco ou seis pacotes de batata frita. Tudo o que está ao alcance das mãos”.

No início, os pais não sabiam o que fazer. Richard Ball conta que levou a filha ao hospital da cidade, mas os médicos não tinham ideia do que se tratava. Ele diz: “Passa tudo pela cabeça de um pai, e eu me perguntava, será que minha filha usou alguma droga?”.

Até que, depois de muita busca, um hospital de Londres chegou ao diagnóstico: síndrome de Kleine-Levin, ou SKL, uma doença que não tem cura. Essa doença é mais frequente em adolescentes do sexo masculino.

A doença é tão rara que um dos maiores problemas dos médicos é a falta de pacientes para estudo, mas a ciência já tem algumas hipóteses.

Uma das teorias mais consistentes seria de que existiria uma disfunção em uma estrutura do cérebro conhecida como hipotálamo, que é uma estrutura envolvida com as funções neuro-vegetativas, incluindo aí, o sono, as funções sexuais ou mesmo o apetite.

Entre uma crise de sono e outra, Louise tem uma vida normal, que inclui dormir de noite e ficar acordada de dia, como a maioria das pessoas.

Os estudos mostram que a doença desaparece sozinha depois de 10 ou 12 anos. Mas um período crítico da vida está passando, sem que ela possa notar. Louise diz: “Já perdi feriados em família, aniversários e outras festas”.

Além disso, já perdeu provas de fim de ano na escola e competições do que ela mais ama: o balé. Mas depois de uma semana de sono, pelo menos, ela acorda renovada.

Fonte: Ah Duvido

4 A.M.


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Crianças deveriam dormir sobre uma cama, não abaixo dela.

Aos sete anos de idade, eu residia com minha família em um sobrado localizado na área suburbana da velha cidade. Lembro-me, apenas, algumas frações de memórias daquele tempo, e parte da minha juventude remanesce obscura em meu subconsciente. Recordo-me, no entanto, de uma memória em particular, responsável por assombrar-me durante o breve decorrer de minha tortuosa vida. Não tenho plena certeza se farei papel de tolo ao pronunciar as palavras com que contarei a história, pois por muito perguntava a minha querida e solitária mãe a respeito do que acontecera àquele dia, somente para receber meras respostas inconclusivas.

Tudo começara numa noite qualquer, exatamente às quatro horas da madrugada. Ouvi um súbito barulho a certa distância, que me acordara durante um repousante sono. Não ousei levantar-me da cama, porém permaneci com os olhos semiabertos, contemplando o espaço enegrecido que era o meu ermo quarto. Por cerca de um minuto jazi, emudecido, a espera de algum acontecimento revelador da causa de meu assombro, contudo nada mais se sucedera. Virei-me novamente para dormir, e eis que passei a escutar, como que em extrema cautela, alguém a girar a maçaneta de minha porta.

Não ousei me mover. Não compreendia o que estivera acontecendo, e em meu amago desejava jamais descobrir. Ouvi as dobradiças desprenderem-se do batente, enquanto que, delicadamente, em uma lentidão angustiante, percebi que a porta se movia silenciosamente. Por um momento percebi que seu movimento parara, como se somente uma pequenina fresta permanecia entreaberta. Não me virei. Persisti inerte abaixo dos lençóis, abraçando o travesseiro que se assentava em meus braços. Sentia-me aflito, pois se outrora percebia algo de errôneo em minha situação, por outro momento decidi ignorá-la, cerrando meus olhos e adormecendo novamente.

Quando acordei, deparei-me com a porta encostada. Levantei e, desconfiado, conferi-a, notando com incrédula percepção sua normalidade. De pouca coragem, não pude contar a minha mãe o que de fato acontecera, escolhendo permanecer quieto a respeito do estranho acaso noturno. O dia passara, e continuei com os crônicos afazeres de uma criança comum. Á noite, entretanto, o curioso fenômeno se repetira, e, durante as quatro horas da madrugada, acordei com o barulho, como se alguém ou algo se arrastasse sorrateiramente pelos cômodos da casa. Desta vez, reunindo alento, foquei-me fixamente para a porta, e a maçaneta girou com a mesma lentidão da noite anterior.

Após um longo e exaustivo período, a fresta da porta alargara-se, e nada mais eu via a não ser o breu da escuridão. Por assim remanesci, atento para a penumbra que se revelara, e por muito lutei contra a sonolência para não desviar meu olhar. Quando finalmente minhas pálpebras começaram a adquirir o peso da exaustão, de modo a que me preparava para fechá-las, eu o vi. Em um primeiro momento, somente enxerguei o branco de seus olhos, para então perceber as veias vermelhas de sangue e as pupilas dilatadas em razão do negrume da noite. Havia alguém ou algo ali, que me encarava atentamente e fixamente, enquanto eu fazia o mesmo. Estava tão apavorado e petrificado que mal pude emitir som algum. Tudo o que fiz foi responder a aquele olhar com semelhante contemplação.

Com medo mortal da criatura que me observava à soleira da porta, não desviei minha visão para sequer outro local, tendo por receio pensar que um perigo ainda mais mortal acometer-se-ia sobre mim. Sem saber ao certo como, por uma hora interrupta eu mantive esse infame contato, assim como a criatura prosseguira-o a fazer. Aos primeiros raios de sol a porta novamente se movera, e pude vê-la fechar-se tão docemente quando se abrira, e aqueles olhos esvanecerem, como se nunca tivessem existido. Exausto, e com menor impressão do perigo eminente, adormeci. Ao amanhecer, notei que a sensação costumeira de um ambiente nada inóspito havia retornado. Porém, por razões intuitivas, soube que aquilo não estava acabado.

Na mesma noite, preparei-me para dormir. E quando minha mãe se despedira de mim, encostando a porta do meu quarto, escapei para debaixo da cama, como que a esperar pela bizarra criatura que me visitara nas noites passadas. Após certo período, escondido, cai em sono. Mais tarde, como que através de um despertador biológico, abri meus olhos poucos minutos antes das quatro horas, e compreendi, de antemão, que a entidade desconhecida mais uma vez faria sua aparição. Nesse momento, em que me encontrava as escondidas, percebi que a maçaneta movimentava-se, e com a mesma intensidade atenuante de antes, o vão da porta se entreabria para o meu quarto.

Todavia algo de diferente acometera-se, e a criatura notara minha ausência. Escancarando a porta, percebi a silhueta da assombração adentrar-se em meu quarto. O espaço em que me encontrava era pequeno o bastante para somente abrigar-me. O passo da anomalia era pesaroso e lento, como alguém que, apesar da inquietude e aflição, buscava inutilmente ser o mais silencioso possível. Ao aproximar-se em direção à cama, notei o odor peculiar advindo de tal ser, e sentia-o revirando as cobertas e travesseiros acima, atirando-os ao chão. Assim, subitamente e inesperadamente, a aberração dera inicio a um leve soluçar, que instantemente transformara-se em um choro, para que depois disso começasse a desesperadamente marchar pelo meu quarto, bradando lúgubres murmúrios.

O barulho, no entanto, acordara minha mãe, que prontamente postou-se a me checar. Quando ela chegara de fato ao quarto, sua voz que até então clamara por meu nome, bruscamente foi interrompida, dando lugar a um grito apavorante. Eu, embaixo da cama, pude somente perceber o rápido movimento realizado pela criatura, que atravessara correndo o quarto e saltara por uma das poucas janelas. Saí de meu esconderijo, e minha mãe correra em minha direção, abraçando-me e proferindo numerosos questionamentos a respeito de como eu estava ou se algo a mais havia de fato se incidido sobre mim.

Momentos mais tarde, ao amanhecer do dia, luzes vermelhas e azuis projetavam-se através das veredas de minhas janelas, enquanto que homens fardados e de chapeis curiosos perambulavam por todos os cômodos a procura de alguma evidência. Pude escutar palavras a respeito de um homem que fugira de um hospício local, além do frágil e nervoso choro de minha mãe que parecia ecoar por entre as tênues paredes da residência. Por alguma razão, lembrei-me de meu pai, que há muito desaparecera. Em suas histórias, antes de despedir-se de mim, contara-me a respeito de um anjo protetor, que me vigiaria todas as noites, enquanto eu dormia.

Desde então, jamais tornei a passar por aquilo novamente.

Autor: Drin, L. P.

Fonte: Creepypasta Brasil Wiki

Sinal WoW!





Não é segredo para ninguém que diversos cientistas se dedicam a tentar contato com outras civilizações em outros planetas, mesmo que estejam há muitos anos-luz de distância. Para isso usam poderosos radiotelescópios, que tentam detectar algum sinal "não natural" vindo de algum ponto do espaço. É uma busca ingrata e demorada, que até hoje não apresentou nenhuma prova da existência de inteligência extraterrestre. No entanto, em 1977, um misterioso sinal foi recebido aqui na Terra e é considerado até hoje o único sinal que possa ter sido emitido por uma civilização distante.

Era 15 de agosto de 1977 e como fazia todas as noites, o radio-astrônomo Jerry Ehman analisava os dados captados pelo radiotelescópio Big Ear, ou "Orelhão", da Universidade de Ohio.

Como de costume, a maioria dos sinais captados já eram bem conhecidos do pesquisador e não passavam de emissões provenientes de galáxias e satélites. De repente, um fraco sinal diferente dos demais começou a aumentar gradualmente de intensidade até atingir o pico, decaindo e desaparecendo em seguida. O tempo total de detecção foi de exatos 72 segundos e sua intensidade era tão grande que ultrapassou o limite da escala preparada para as observações.

Pego de surpresa e sem muito tempo para analisar cientificamente o fato, Ehman escreveu ao lado dos códigos que representavam os sinais, na folha impressa pelo computador, a intensidade do evento que acabara de presenciar: “WOW !”

Analisando a posição da antena, conclui-se que as ondas eletromagnéticas detectadas eram provenientes da constelação de Sagitário e tinha a freqüência de 1420.4556 MHz, correspondente à famosa linha de 21 cm do hidrogênio, também chamada de “janela da água” em radioastronomia.

A estrela mais próxima que existe naquela direção está a pelo menos 220 anos-luz de distância. Desse modo, se o sinal partiu mesmo daquela região, foi um evento astronômico de gigantesca potência e que até hoje não foi identificado pelos cientistas.

Sinal Diferente

No entanto, o que mais intrigou os pesquisadores e tornou o sinal "wow" particularmente interessante, foi o modo como cresceu e diminui de intensidade durante os 72 segundos de duração. Por que?

O radiotelescópio Big Ear não é giratório e sim fixo no solo. Seu movimento de varredura é dado pela própria rotação da Terra e capta os sinais provenientes do espaço através de um feixe de recepção bastante estreito apontado para o infinito. Como em todas as antenas parabólicas ou direcionais, a sensibilidade é maior na região central do feixe, diminuindo nas laterais. Assim, sempre que uma fonte de rádio vinda do espaço cruzava o radiotelescópio, essa aumentava de intensidade quando a rotação da Terra trazia o sinal para o centro do feixe e diminuía logo em seguida.

No caso do Big Ear, a largura desse feixe de recepção era extremamente estreita, com 8 minutos de arco e qualquer sinal que viesse do espaço levava sempre 72 segundos para atravessar o feixe. E foi exatamente isso o que ocorreu naquela noite.

Descartando hipóteses

Se o radiotelescópio tivesse sido alvo de algum sinal da Terra a intensidade iria crescer quase que imediatamente e diminuir também de forma abrupta. Por outro lado, se o sinal fosse proveniente de algum satélite terrestre também não apresentaria o intervalo de detecção de exatos 72 segundos.

Alguns poderiam supor que algum engraçadinho quisesse enganar os pesquisadores, simulando uma transmissão clandestina na faixa da linha do hidrogênio, mas dadas as características do sinal essa hipótese também foi descartada. Como explicado, a antena do radiotelescópio é fixa e possui o feixe de recepção extremamente estreito. Para se ter uma idéia, são necessários quase 6 minutos de varredura para cobrir uma região do céu de tamanho angular igual à Lua. Em outras palavras, o engraçadinho teria que ir ao espaço, permanecer imobilizado, ligar seu transmissor e esperar a Terra posicionar a antena do radiotelescópio à sua frente.

Para ser considerado como vindo de um ponto fixo no espaço, o sinal deveria crescer, atingir intensidade máxima e decair conforme a rotação da Terra movimentasse a antena. Além disso, deveria estar na freqüência da linha do hidrogênio, sugerida para tentar contatos extraterrestres. O sinal "WOW" cumpriu todos esses requisitos, caracterizando-o como uma verdadeira emissão vinda de uma fonte fixa do céu, mas de origem desconhecida.

Naquela ocasião, o próprio observatório levantou a hipótese de que o sinal poderia ser o reflexo de uma transmissão terrestre, rebatida em algum satélite geoestacionário, mas nenhum satélite encontrava-se naquela posição do céu no momento do evento.

Pelas razões apresentadas o sinal "Wow" é um forte candidato SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) já que ao que tudo indica, veio de fato do céu e não foi causado por interferência humana.

Dois feixes - Um Sinal

No entanto, um pequeno detalhe pode afetar o otimismo dos pesquisadores.

O radiotelescópio da Universidade de Ohio utilizava dois feixes para fazer a varredura, ambos situados lado a lado. Qualquer fonte de sinais que viesse do espaço seria captado no primeiro feixe por exatos 72 segundos e 3 minutos depois também seria detectada pelo segundo feixe por 72 segundos, mas isso não aconteceu.

Desde então, diversas experiências foram feitas em diversos comprimentos de ondas, sempre focadas na mesma direção do céu. Receptores mais sensíveis foram utilizados e diversos intervalos de tempo foram escolhidos na tentativa de se captar algum sinal periódico, mas desde 1977 nenhum sinal que chamasse a atenção foi detectado. Até agora, mais de 30 anos depois, não se chegou a uma explicação lógica sobre a origem do famoso sinal WOW.

Por que o Hidrogênio

Todos sabem que o hidrogênio é o elemento mais abundante do Universo. Sua freqüência natural de emissão é 1420.4556 MHz, também chamada de linha de 21 cm ou “janela da água”. Por ser o elemento em maior quantidade no universo, acredita-se que essa também seja a freqüência mais óbvia para se tentar algum contato com outras civilizações, tanto para transmissão como para recepção de sinais. Em 1977 o sinal WOW foi detectado exatamente nessa freqüência.



Segue um documentário:





Antes que digam, o suposto áudio que circula na internet de um Alien com net discada. não é o verdadeiro Sinal WoW, já que o mesmo não foi gravado.

Fontes: Apolo11
Ciência sem censura
Wikipédia
National Geographic