Projeto: Demoniac Personality. Sentirei sua falta. Cap. 11

Narração de Leandro


Onde estou? Lembro-me de ter acordado Abigor, daí a Rafaela entrou na minha mente e me tirou de lá. Há eu beijei a Rafaela... Eu beijei a Rafaela... Eu achava que nunca mais ia voltar a ser eu, mas olha só pra mim. Embora, eu esteja todo dolorido e enfeixado, ainda sou eu.

- E eu posso lhe dizer que ela adorou seu beijo. Ate mais que o meu... Ela é uma garota estranha! – Uma voz ecoa em minha mente. Será que é Abigor? – Claro que sou eu! Quem mais seria? Humano idiota. E permito que se dirija diretamente a mim. – Abigor afirma com um tom autoritário. Gargalho.

- Então você ainda está acordado? – Pergunto enquanto levanto de minha cama.

- Você está de olhos abertos? Se sim, então estou! – Abigor afirma calmamente. O que isso significa? – Significa que eu sou você, ou você sou eu, mas como você está no controle falar que eu sou você é mais justo. – Abigor fala repentinamente. Maldição... Ele pode ler meus pensamentos. – Se acostume! – Abigor afirma autoritário.

Abro a porta do meu quarto e me deparo com dois seguranças. Sinto que não são pessoas comuns. Demônios? – Claro que são demônios! Acha mesmo que Lúcifer iria permitir que, você um demônio de alto nível com consciência humana ficasse livre? – Abigor pergunta, irritado. Agora eu entendo... Eu sou Abigor, um demônio. Leandro não existe mais, mas eu ainda tenha a consciência do humano. Que porre... Mas dane-se eu ainda sou eu no final das contas.

- Volte para o seu quarto. Você está muito machucado. Descanse ate se curar. – Um dos seguranças afirma me empurrando levemente para dentro e fechando a porta. Maldito, acha mesmo que vou seguir ordens de um demônio fraco com você? – Isso mesmo, mate-os e seja livre. Muahahahahaha – Abigor gargalha insanamente.

- Eu não vou fazer isso! Eu vou fugir. – Sussurro para Abigor. – Pare de ser idiota. Matá-los é muito mais fácil. Deixe que eu lhe ensine algumas coisas. – Abigor grita indignado. Eu posso muito bem pular dessa janela e sair. – Mas para que você irá querer sair? Não me diga que é para ver aquela garotinha. – Abirgor fala, irritado.  – Claro que não eu estou com vontade de comer aquele pastel da lanchonete perto do colégio. – Afirmo em minha mente enquanto abro a janela.

Pulo a janela e caindo no chão vejo a mim mesmo sendo segurado pelas costas por outros três seguranças... O que é isso? – Você pode chamar isso de previsão. Mesmo que aquele maldito Judai tenha quebrado a linha de tempo, você ainda pode ver algumas coisas, mas apenas momentos antes. Então... Corra! – Abigor grita eufórico. Começo a correr com tudo que eu tenho e ao olhar para trás percebo que estou sendo seguido pelos três seguranças da minha visão. Droga, meu corpo está começando a doer, mas nada que eu não possa suportar. Sinto que não são apenas eles que estão me seguindo... Existe algo mais, e esse algo é diferente deles. – Deve ser porque Lúcifer está te seguindo naquela limusine ali. – Abigor afirma me mostrando a limusine numa visão. Droga... Ela vai sair logo a minha frente, preciso mudar de rota. Dobro a direta no exato momento em que a limusine surge na esquina à frente.

- Wow... Essa habilidade é bastante útil. – Falo eufórico enquanto corro. – Claro, agora dobra a direita e depois esquerda, esquerda de novo e siga reto. – Abigor afirma tranquilamente. Não sei se devo confiar nisso. – Apenas faça humano. – Abigor grita irritado. Bem, não vou conseguir correr eternamente, vão me pegar uma hora ou outra. Faço o que Abigor mandou e chego ao parque. Olho para trás e vejo que ninguém está me seguindo.

- Graças a deus! – Afirmo aliviado. – Não foi graças a ele. – Abigor afirma alegre. – Ok, obrigado Abigor. 
– Agradeço com um sorriso enquanto caminho para a lanchonete. – Não agradeça. Louve-me. Muahahahahaha- Abigor gargalha insanamente. Ignoro e continuo seguindo meu caminho. Hã? Rafaela? E quem é aquele cara? Algum amigo dela? Será que ele tem algum envolvimento com ela? E o que é essa angustia. Ela faz o que ela quiser. Não tenho nada haver com ela. – Me poupe garoto... Estou me sentindo na cabeça de uma garotinha apaixonada. Vai lá falar com eles e descubra. – Abigor fala autoritário e com um tom de irritação. E quem é a garotinha apaixonada? Seu maldito...

Quando me aproximo a eles Vitoria puxa o garoto que estava com elas. Alexandre é seu nome. Converso com Rafaela ate o momento em que Lúcifer aparece saindo na limusine. Sendo movido pelo desespero, seguro Rafaela nos braços e saiu correndo na maior velocidade que consigo. Paro em uma lanchonete qualquer e me sento numa cadeira.

- Você... Deveria está em casa, não era? – Rafaela pergunta me encarando. Ela esta preocupada?

- Bem... Era, mas já estou me sentindo ótimo. – Minto sorridente, pois cada músculo do meu corpo está doendo agora. Ela bate em meu braço e um grande dor percorre todo o meu corpo. – Aaaaiii por que fez isso? – Pergunto á encarando. Hã? Ela está com uma expressão tão fofa...

- Viu... Você não está bem... Você não quer cuidar da sua saúde não? Vai ficar pior se continuar assim... – Rafaela afirma me olhando com um olhar de preocupação. O que á com essa expressão? Me faz querer ficar com ela e protegê-la... Nunca tinha sentindo isso antes. – Desculpe, eu só estava preocupada... – Rafaela afirma com um tom triste em sua voz. Droga... Não gosto de vê-la assim.

- Desculpa... Eu que sou o teimoso aqui. Depois de comer eu volto para casa e descanso direito. Não se preocupe. – Falo sorrindo, tentando acalmá-la enquanto um frio corre pela minha espinha. Estou me sentindo intimidado. Sinto que muitas pessoas estão me olhando... Estas faixas chamam tanta atenção assim?

- Tudo bem, mas você sabe que ela deve estar de guarda na lanchonete com seu pastel preferido. – Rafaela afirma calmamente sentando-se a mesa. Maldição... É verdade. Aquela mulher não deixará que eu toque um dedo naquele pastel por um bom tempo.

- Então vamos comer aqui. Pode ser? Eu pago. – A convido para comer comigo sorrindo, já que realmente estou com fome.

- Eu acabei de comer... – Rafaela afirma calmamente. Ah... Ela deve ter comido com aquele Alexandre. – Mas um refrigerante seria bom. – Rafaela afirma sorridente, sorrio de volta impulsivamente.

- Com licença. – Falo chamando a garçonete. Ela vem rapidamente. – Um sanduíche e dois refrigerantes de laranja, por favor. – Falo calmamente. Ela anota o pedido de se retira. – Ela está caidinha na sua, garoto! E é uma gostosa. Pega ela humano. Faça ao menos algo digno de um homem. – Abigor afirma eufórico. – Não, eu não a quero. – Afirmo mentalmente para Abigor. – Então realmente está apaixonado por essa Rafaela, é? – Abigor pergunta calmamente. Será? Eu sinto algo forte por ela que, nunca senti antes e fica mais forte a cada momento que estou com ela. Deve ser verdade. – Claro que é! E se ela não sentir o mesmo? – Abigor me pergunta meio que, sadicamente. Essa duvida irá me torturar. – Exato! Por isso tire essa duvida o mais rápido possível. Se declare... – Abigor afirma seriamente. Ele realmente tem razão. Depois de comer irei levá-la para um lugar onde podemos ficar sozinhos e irei tirar essa duvida.

A garçonete trás o pedido e pisca para mim... Abigor está certo? – Claro que estou! – Abigor fala mais uma vez, se intrometendo em minha linha de pensamentos. Depois de comer chamo Rafela para um passeio pela praça. Vamos para o meio da praça e meu coração começa a acelerar. Hã? Ela está vermelha? Ela está com febre?

- Você está vermelha. Está bem? – Pergunto colocando a mão em sua testa para medir sua temperatura.

- Não é nada. – Ela afirma abaixando a cabeça. Droga... E agora? Tenho que puxa algum papo. Ah é... Ela não deve saber que Julieta pode ver entidades assim como ela.

- Você sabia que a Julieta também pode ver entidades? – Pergunto tentando esconder meu nervosismo.

- Pode? – Ela fica completamente espantada. Ela realmente nem suspeitava...

- Sim, mas não no mesmo nível que você, em um nível um pouco inferior. – Afirmo tentando me acalmar para o verdadeiro motivo de ter trago ela ate aqui. Nivel inferior já que ela não pode ver as asas de Samael e minha aura. Ela apenas sentiu minha aura.

- Mas... Porque ela fica me xingando e excluindo? – Rafaela pergunta inquieta. Infelizmente ela não me contou.

- Eu não sei! – Afirmo agitado. É agora ou nunca. – Mas deixando isso de lado. Tenho uma coisa para lhe dizer. – Meu coração acelera.

- E... O que é? – Rafaela pergunta ficando novamente vermelha. Hã? Tive uma visão de uma espada atravessando ela. E a frase que Judai falou antes que eu perdesse a consciência, passou pela minha mente. Seguro rapidamente os ombros de Rafaela e a empurro.
Riu de mim mesmo, por achar que poderia ter uma vida normal. – Eu... Finalmente entendi o que aquele cara queria dizer com aquilo... Demônios não devem pensar em anjos. Isso apenas trará problemas para os anjos. – Afirmo sentindo uma grande tristeza em meu peito. Essa é a escolha certa. Não devo trazer mais problemas para você.

- Abigor... Irá morrer aqui e agora! – Uma espécie de múmia afirma enquanto sai da escuridão em que se escondia.

- Não sou Abigor e nem pretendo ser. – Afirmo irritado, afinal acabo de decidir deixar o que mais me importa. Começo a liberar meu poder. – Que no caso é meu, mas se diz que é seu... Fazer o que? – Abigor afirma com um tom irônico. Ignoro. Não posso liberar tudo pois isso machucaria Rafaela. Então vou usar apenas essa pequena quantia. – E mesmo que fosse não irei morrer aqui e nem agora. Ainda tenho muito para fazer. – Afirmo com um sorriso surgindo em meu rosto. Ainda tenho que matar aquele anjo desgraçado. Corro em direção a múmia e desvio de todas a suas investidas. Bastante rápida, mas não o suficiente. – Seu corpo ainda é humano apesar de tudo. Acabe logo com isso! – Abigor afirma irritado. – Acho que tenho uma idéia que resolverá todos os meus problemas... Eu posso mandar mensagens telepáticas? – Claro, mas não pode escutar pensamentos. – Abigor afirma calmamente.

- Por que não usa tudo que tem Abigor? Caso não se apressar em usar eu irei usar o meu sem nenhum ressentimento. – Essa múmia grita, irritada. Argh... Permito que a múmia me acerte... Sua espada atravessa meu tórax... Isso dói pra caralho... Fico parado enquanto as funções em meu corpo seção.

- Leaaandroooo... – Rafaela grita desesperada. Maldição... Odeio ver ela assim... Mas é para o seu bem.

- Hã? Já morreu? Serio isso? Deram-me uma seqüência imensa de avisos e você morre tão fácil? Que droga. – A múmia fala, indignada, enquanto segura meu pescoço para tentar detectar batimentos cardíacos. Vamos ver quem vai morrer seu maldito. É torturante... Não essa espada em meu tórax, e sim escutar o choro de Rafaela. Ele me solta e vai em direção a ela. É agora Abigor.

- Corra Rafaela... Corra... Minha vida acaba aqui... Desculpe-me se eu não fiz nada alem de lhe trazer problemas, mas eu quero que viva... Então, corra o mais rápido que puder... Com a ultima gota de poder em minha alma eu irei segura ele aqui para você fugir. Sentirei sua falta, mas não deixe que meu sacrifício seja em vão.  – Falo mentalmente para Rafaela. Ela parece espantada, mas se levanta e corre.

- Acha que vou te deixar fugir? – A múmia fala fazendo posição de corrida.

- Fique bem ai! Eu ainda não acabei com você! – Falo mentalmente para ele, enquanto começo a emanar uma aura avassaladora e invocar minha lança. Ele fica completamente assustado e tremulo, vira-se para mim. Em um movimento de fúria corro numa velocidade incrível e antes que eu perceber, minha lança já havia transpassado essa maldita múmia.

- Como? Tão poderoso... – A múmia afirma em suas ultimas palavras. Realmente estou bem poderoso... Ate mais do que imaginava. – Mas precisa treinar... Você teve sorte de ele não ter desviado. Se ele tivesse desviado, você estaria com a lança encravada naquela arvore ali. – Abigor afirma autoritário.

- Pensando bem... Pode me chamar de Abigor... Foda-se... Acabo de deixar meu único motivo de querer continuar como um humano comum, fugir de você. - Afirmo calmamente, sentindo nada alem do vazio em meu peito. – Então, morra! – Afirmo eufórico com um grande sorriso. Giro com a lança, assim partindo ele ao meio. Depois das duas partes tão ao chão: cravo a lamina da minha lança na parte superior e pisoteio a parte inferior ate ambas virarem pó e faixas. – Eu posso acender um fogo que queime ate as cinzas? – Pergunto a mim mesmo. – Não, mas pode extinguir a existência usando poder na lança. – Abigor afirma calmamente.

Concentro poder em minha lança e ela começa a emanar uma aura roxa e uma leve nevoa a cerca. Certo contra o chão e todo o pó e faixas da múmia se extinguem junto com parte do chão. Argh... Repentinamente meu corpo inteiro dói, principalmente a parte do tórax e caio ao chão sem conseguir me mover.
- Afinal meu corpo ainda é humano... – Afirmo deitado ao chão olhando para o céu. Apenas espero que Rafaela não sofra muito com a minha ‘’morte’’. Bem, eu a conheci faz pouco tempo, talvez ela nem sofra tanto. – Ta de brincadeira, humano? Tu se ‘’sacrificou’’ por ela... Ela nunca vai se esquecer de você! E quanto ao seu corpo... Vá com calma e ele irá aos poucos se acostumas com seu poder e se tiver sorte ele poderá ate mesmo se tornar imortal como minha alma, mas caso tenha azar, ele irá se deteriorar repentinamente e você irá parar no limbo. Bem, soube que lá é um lugar bem tranqüilo. – Abigor fala sarcasticamente. – Apenas quero que ela viva a vida dela. – Afirmo em voz alta enquanto espero alguém me encontrar.

- E se ela continuar seguindo por esse caminho? O que fará? – Judai pergunta enquanto se agacha ao meu lado. Como é que esse cara surge do nada, sempre? – Cara irritante! – Abigor afirma irritado.

- Eu não irei impedi-la, mas tentarei protegê-la – Afirmo encarando ele.
Ele sorri – Mas você não irá poder proteger ninguém por um bom tempo! – Judai afirma rindo de mim.

- Verdade, e provavelmente mesmo depois de me recuperar eu ainda não estarei perto o suficiente para protegê-la! – Afirmo entristecido.

- Verdade. – Judai confirma olhando para os lados. – Mas caso queira eu posso protegê-la. Não tenho muito que fazer mesmo e tipo... Quando ela estiver em perigo real, eu irei aparecer e tirar ela, mas não a impedirei em suas decisões: fazer pactos, dar a vida por alguém ou caso ela seda á alguma possessão. Sacas o botão ‘’run’’ dos jogos... Eu posso ser o dela, por algum tempo e com acionamento automático. – Judai afirma sorridente e fazendo sinal de positivo com a mão. Hã? A garota que estava com ele acabou de parecer e chutar ele a cabeça dele e o lançou contra uma arvore?

- Já está pensando coisas pervertidas não é? Pare com isso Judai! Isso é errado. A garota ainda é menor de idade seu pedófilo pervertido. – Lindia afirma demonstrando indignação.
Judai levanta e encara Lindia por alguns segundos. – Eu não mereço isso... Eu só quero dormir hoje... To sem saco para discutir... Não adianta... É inútil... Vamos apenas embora, em silencio, por favor. – Jadai afirma completamente depressivo e com uma voz tremula. Depois disso ambos somem nas sombras.

Pouco tempo depois Lúcifer aparece e fica em silencio por algum tempo olhando para mim com indignação. – Sinceramente... Nem Abigor é tão idiota... Arrumar briga estando tão machucado... Você é masoquista, Leandro? – Lúcifer afirma me encarando.

- Desculpa Lúcifer... Apenas tinha que resolver um problema. – Tendo me desculpar mostrando a cara mais arrependida com consigo fazer.


- Não me chame de Lúcifer enquanto eu estiver nessa forma. Chame-me de Lucindra e eu sou sua tia aqui. Entendeu? Estou apenas preocupada. – Lúcifer afirma mostrando preocupação. Não sei se Lúcifer realmente está preocupada comigo ou com algo que queira que eu como Abigor, faça para ela no futuro. – Tome cuidado. Lúcifer pode ler pensamentos de demônios. – Abigor afirma calmamente. Bem, não tenho certeza se ‘’Lucindra’’ realmente está preocupada comigo... – Vamos levem ele para a limusine e vamos para casa. O levantem com cuidado. – Lucindra afirma virando suas costas enquanto os seguranças me levantam. Droga... Só espero que Rafaela não se meta em problemas... Aquele Judai me deixou preocupado...

Continua...
Escrito por: Luan

Iaê? Como está indo a estoria? Algumas reviravoltas aqui outras ali... Está legal? 

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