“Genes do Suicídio”

Suicídio do latim sui, "próprio", e caedere, "matar". Sua causa mais comum é um transtorno mental e/ou
psicológico que pode incluir depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas. Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um fator significativo. Além da consideração nefasta do suicídio, há também avaliações positivas, sendo visto como uma vontade legítima ou um dever moral.

Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Trata-se de uma das principais causas de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade. Entretanto, há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo.

As interpretações acerca do suicídio tem sido vistas pela ampla vista cultural em temas existenciais como religião, filosofia, psicologia, honra e o sentido da vida. Albert Camus escreveu certa vez: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia." As religiões abraâmicas, por exemplo, consideram o suicídio uma ofensa contra Deus devido à crença religiosa na santidade da vida. No Ocidente, foi muitas vezes considerado como um crime grave. Por outro lado, durante a era dos samurais no Japão, o seppuku era respeitado como uma forma de expiação do fracasso ou como uma forma de protesto. No século XX, o suicídio sob a forma de auto-imolação tem sido usado como uma forma de protestar, enquanto que na forma de kamikaze e de atentados suicidas como uma tática militar ou terrorista. O sati é uma antiga prática funerária hindu no qual a viúva se auto-imolavam na pira funerária do marido, voluntariamente ou por pressão da famílias e/ou das leis do país.

O suicídio medicamente assistido (Eutanásia, ou o "direito de morrer") é uma questão ética atualmente muito controversa que envolve um determinado paciente que esteja com uma doença terminal, ou em dor extrema, que tenha uma qualidade de vida muito mínima através de sua lesão ou doença. Para alguns, o auto sacrifício geralmente não é considerado suicídio, uma vez que o objetivo não é matar a si mesmo mas salvar outrem...

Será que a disposição ao suicídio pode ser genética?

Parece que sim, segundo um estudo de cientistas espanhóis e americanos. Eles observaram que existem três genes que, sofrendo mutação, podem produzir uma espécie de “tendência” ao suicídio.

Os pesquisadores desde o começo afirmam que seria ingenuidade desprezar os fatores sociais e culturais por trás da vontade de tirar a própria vida, é claro, mas dizem que 40% da base dessa “compulsão” tem origens no DNA. Eles se basearam na ligação que existe entre os genes e o “comportamento suicida”, um desvio mental que já vem sendo estudado há décadas pela psiquiatria moderna.

Dados recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que quase um milhão de pessoas se suicidaram em 2000, e a projeção é que em 2020 este número terá aumentado para 1,5 milhões. Essa quantidade toda, segundo os cientistas, se deve em parte graças aos polimorfismos (mutações) em três genes responsáveis pela codificação para a secreção de hormônios relacionados ao humor e o comportamento. A título de curiosidade, são eles: o receptor da serotonina, 5-HT1E, a subunidade pi do receptor do ácido gama-aminobutírico e o alfa-2 actinina, genes cujas mutações podem aumentar os riscos de suicídio em pacientes com quadro psiquiátrico.

É claro que uma pessoa pode viver bem e jamais pensar em dar cabo da própria vida, nem por um instante, mesmo tendo os genes modificados. O que a genética exerce nesse caso é uma tendência: pessoas cujas vidas já estejam com as relações sociais desgastadas, e panoramas psiquiátricos preocupantes, têm maior risco de suicídio caso possuam o gene modificado.

O fato é que quando se está deprimido é como se estivesse trancado em um quarto abafado, com ar rarefeito sem poder sair, sufocante. É como estar preso dentro de si mesmo, trancado em um sentimento angustiante do qual não há escapatoria... É sentir como se o mundo estivesse em suas costas e mesmo assim não ser percebido. É cair em tristeza profunda e ficar alí sozinho, no fundo do poço, até ter coragem de sair ou permanecer lá para sempre. O único desejo é se livrar de tudo, parar de sentir.

É olhar para os lados e não enxergar saída porque, afinal a vida dói muito mais que a morte...

Se precisar de ajuda, ligue 141, talvez funcione...
Centro de Valorização da Vida

Fontes:
http://hypescience.com/
http://pt.wikipedia.org/

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