Torturas Medievais – Parte 03

Machado

O machado talvez seja o mais antigo instrumento de suplício capital. É conhecido em todos as partes do mundo.
A execução pelo machado era reservada aos condenados nobres, enquanto os plebeus eram supliciados por instrumentos que comportavam longas agonias antes da morte.
Pelo machado foi decapitado Jacques D’Armagnac (Duque de Nemours), condenado em 1477 pelo Parlamento por crime de lesa-majestade, em Paris.
Os filhos dele foram condenados a ficar sob o palco de execução para serem banhados pelo sangue do pai.

Dama de Ferro

A idéia de se mecanizar a tortura nasceu na Alemanha, e ali originou-se a dama de ferro. Foi chamada assim porque o seu protótipo foi construído no subterrâneo do tribunal daquela cidade.
A primeira execução de que se tem notícia foi realizada em 1515.
Diz-se que a pena foi aplicada a um falsário que permaneceu no interior da dama entre espasmos atrozes durante três dias.
As lâminas eram móveis e postas em posição tal que não podiam matar imediatamente o condenado. Somente o feria gravemente, fazendo com que morresse de hemorragia.

Cadeira Inquisitória Maior

A cadeira inquisitória era instrumento essencial em interrogatórios na Europa Central, especialmente em Nuremberg, até o ano 1846.
O réu sentava-se nu e, com o mínimo movimento, as agulhas penetravam-lhe o corpo, provocando efeitos terríveis.
Em outras versões, a cadeira apresentava assento de ferro, que podia ser aquecido até ficar em brasa.
A cadeira do retrato foi encontrada no Castelo San Leo, na Itália. Nele morreu o célebre Mago Cagliostro, que conquistou todas as cortes da Europa.
A cadeira tem 1606 pontas de madeira e 23 de ferro.

Cinto de Castidade

O cinto de castidade masculino é menos famoso do que o feminino, e era usado por servos que serviam nos castelos.
Servia para impedir estupros, os quais podiam ter, como alvo, não só as mulheres em geral, moradoras dos castelos, como também as esposas das senhoras feudais.
Foi muito usado na baixa Idade Média, época da decadência da nobreza, na Itália, França e Península Ibérica.

Garrote

O garrote foi instrumento de pena capital usado na Espanha até a morte de Franco. A última execução foi em 1975.
O instrumento servia para estrangulamento dos condenados e era “o golpe de misericórdia” para os condenados à fogueira.
Os católicos que pediam para morrer alcançavam o privilégio de serem sufocados primeiro. Os que declaravam querer morrer pelo judaísmo ou por outra religião eram conduzidos vivos à fog
ueira.
No garrote, a vítima sentava-se de costas no banquinho de madeira, com o pescoço encostado ao poste. Uma presilha e um parafuso sufocavam-no.

Flagelo

O açoite de ferro era utilizado em sessões de tortura, desde o período romano, sob o nome de flagelo. Também era utilizado na guerra.
Na Idade Média, os cavaleiros, com esta arma, golpeavam os cavalos adversários ou procuravam desarmar da espada os outros cavaleiros.
No final da batalha, esta bola de ferro era usada para matar inimigos feridos.
Juntamente com a espada e a lança, usavam-na também nos torneios.

Flauta do Bagunceiro

A flauta do bagunceiro era um instrumento de ferro, de provável origem holandesa, conhecido já no Século XVII, segundo representações de algumas gravuras da época.
Não propriamente um objeto de tortura, mas usado nesse sentido para expor os culpados de reatos menores (brigas, perturbação da ordem, blasfêmias, etc.) à zombaria pública.
Era, além disso, usado por aqueles que atrapalhavam as funções religiosas e até mesmo para punir músicos em más execuções.

Apetrechos de Mutilação

Os apetrechos de mutilação eram pinças e alicates e estavam sempre presentes na lista dos instrumentos de tortura dos carrascos da Idade Média.
Eram usados a frio ou em estado incandescente e provocavam dores fortíssimas e mutilações.
As pinças eram usadas principalmente para a ponta dos seios, unhas ou para extrair pedaços de carne. Os alicates tubulares eram usados para a castração.
Também se usava marcar o rosto dos ébrios, vagabundos, ciganos e blasfemadores com um ferro em brasa, deixando uma marca irremovível.

Mesa de Evisceração

Chamava-se de mesa de evisceração ou de esquartejamento manual.
Nesse instrumento, o condenado era colocado deitado, preso pelas juntas e eviscerado vivo pelo carrasco.
O carrasco abria-lhe o estômago com uma lâmina, prendia com pequenos ganchos as vísceras e, com a roda, lentamente ia puxando os ganchos.
Os órgãos iam saindo do corpo da vítima durante horas, até que chegasse a morte.
Alguns condenados permaneciam vivos durante dias depois de eviscerados, pois o carrasco tinha a habilidade de extrair das vítimas os órgãos não-vitais.

Esmaga-Cabeças

O esmaga-cabeças esteve em uso, ao que parece, na Alemanha do Norte e gozava de certa preferência.
O seu funcionamento é tão simples quanto cruel. Colocava-se a cabeça do condenado com o queixo sobre a barra inferior e, com o rosqueamento, a cabeça ia sendo esmagada.
Primeiro, despedaçava os alvéolos dentais, as mandíbulas, e então a massa cerebral saía pela caixa craniana.
Mas, com o passar do tempo, esse instrumento perdeu a sua função de matar e assumiu o papel de tortura do inquisidor.

Caixinha Para as Mãos

A caixinha para as mãos era usada como punição aos furtos leves praticados por domésticos.
Também foi empregada como meio de punição pelos tribunais do Século XVIII, para penalizar pequenos furtos.
Prendendo geralmente a mão direita, esta era ferida com pregos. Além das dores do momento, o condenado ficava com a mão inutilizada. Depois era liberado.
A marca nas mãos podia servir de exemplo para outros ladrões.



Continua...
Walacionil Wosch

2 comentários:

  1. essas coisas aconteciam no tempo q a ciência dava seus primeiros passos, às escondidas, pq até os cientistas tinham medo de serem taxados como bruxos ou hereges e serem condenados à morte. Nessa era negra, denominada Idade Média, não tinham com saber se eram inocentes ou culpados. A questão é: Ver uma pessoa morrer em agonia era diversão pra esse povo. Hoje, com toda a ciencia desenvolvida, CSI, continuamos retrográdos. Que mesmos sabendo quem são os culpados, os inocentes continuam sendo torturados.

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    1. Olha, melhores palavras, impossíveis. Você é mesmo demais. Se eu tivesse que te dar uma nota de 01 a 10, daria 11...
      Valeu pelo comentário, de coração.

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