Relato - Adega

Estou fazendo uma mochilada com alguns amigos pela região das Missões aqui no sul. Ontem estávamos em São Nicolau das Missões, e resolvemos visitar as ruínas das construções. Muitas pessoas disseram que viam fantasmas à noite perto das ruínas, então fiquei tentado a ir. 

Eu e outros dois amigos meus fomos até as ruínas que ficam no centro da cidade, e elas por si só já davam um pouco de medo. Então uma ruína em específico nos chamou a atenção: a adega. Porque? Porque é uma escada que desce ao subterrâneo, sem iluminação nenhuma e com corredores gelados de pedra.

Entrada da Adega
Eu tinha tirado fotos lá de dentro, mas era escuro demais e meu celular não tem flash. Entramos na adega com uma lanterna cada um. Aí é que começou o problema. Começamos a ouvir risadas  cortando o silencio... Obviamente, achamos que era algum de nós tentando assustar os outros, então só demos risadas.

Então uma madeira que estava apoiada na parede caiu. Não tinha vento lá embaixo, então nada poderia ter derrubado ela. Começamos a ficar assustados, mas não saímos. De novo as risadas. Começamos então a cada vez mais frequente ver movimentações, como vultos. Um dos meus amigos achou que era alguém querendo brincar com a gente, e disse "Na sombra é fácil, né? Chega perto se têm coragem então!"

Tudo ficou quieto por alguns segundos, e eu já estava começando a rir do que ele disse quando ele se mexeu rápido pra frente dizendo "aí, aí, minhas costas!". Alguns segundos ele ficou fazendo isso aí parou. Ficou olhando pra parede fixamente, até que eu cheguei perto dele. Ele se virou assustado, como se não soubesse o que tinha acontecido. Me olhou com medo, se afastou e demorou alguns segundos até ele perceber que era eu.

Saímos dali e fomos pra pousada jantar e dormir. Segue anexo a foto das costas do meu amigo.


Postagem de Kazuyama

3 comentários:

  1. Indiquei este blog nessa tag! http://taduvidando.blogspot.com.br/2013/07/tag-my-little-big-blog.html

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  2. Atualizando: Conversando com um pessoal da cidade, descobri que tem um cara que desceu até a adega e nunca mais voltou.

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