Rosalvo, humilde fazendeiro, vive uma vida tranquila com sua mulher e filho quando, de repente, coisas estranhas começam a acontecer. Que criatura é essa que ronda a sua fazenda? E o que esconde esse misterioso índio que Rosalvo conheceu? Vamos descobrir como termina essa história...
Na manhã seguinte, Rosalvo foi para Brejo
Seco procurar o tal índio que profetizara sobre o tal Lobisomem. Não precisou
chegar na Vila, pois o velho índio estava sentado na beira da estrada, tomando
chimarrão.
–
Índio velho!! Preciso de sua ajuda, tchê!!! – suplicou Rosalvo.
–
Pois é. – prosseguiu o
velho.
– O
tal Lobisomem sempre ataca em noites de lua cheia. Ele é muito perigoso, matou
quase todas as minhas galinhas, tchê!!! O quê que eu faço???
– O
patrão precisa carregar a arma com balas de prata. Um tiro basta para mandar o
cão danado para onde nunca deveria ter saído: o Inferno! – disse o índio em sussurro.
O gaúcho já preparava para seguir o caminho
da Vila quando o índio disse:
–
Patrão! Sou um velho índio Gaudério. Muito velho. Já vi de tudo nesse mundo e
posso lhe dizer que o Capeta ajudou a fazê-lo. Mais uma coisa, Seu Rosalvo: o
senhor já deve ter encontrado com o tal bicho quando em forma de gente, pelo
menos uma vez.
– O
senhor deve ter cuidado e desconfiar de tudo e de todos!! Na dúvida, não pense,
atire! – disse o velho,
dando um soco na palma da mão.
–
Adeus meu bom Índio!! Espero um dia poder retribuir!!!
–
Como farei para matar esse Demônio? – pensava o gaúcho.
Enquanto galopava, pensava em como fazer alguns cartuchos, usando um velho punhal de prata que tinha sido do seu avô na Guerra do Paraguai. Chegando em casa, pegou o velho punhal e conseguiu fazer 03 cartuchos de prata para a sua Furiosa.
Logo que anoiteceu, o gaúcho montou guarda
na porta de casa, esperando pela tal criatura peluda. Era lua cheia novamente.
Roneide tinha ido ao sítio vizinho para brincar com os amigos e voltaria antes
de anoitecer. Mas ele ainda não voltara e o gaúcho estava muito preocupado.
A lua estava mais redonda do que nunca e o
silêncio anormal daquela noite deixava o fazendeiro mais nervoso ainda.
–
Bah, tchê! Será que o guri encontrou com o Lobisomem no meio de caminho? Será
que aquele cão dos Infernos pegou meu filho?
Mas, para quebrar o silêncio, um barulho
interrompe os pensamentos de Rosalvo. Na plantação de Mate, mais uma vez, um
vulto negro apareceu. O fazendeiro preparou a espingarda, a figura negra
parecia que ia em sua direção. Rosalvo não quis se fazer de rogado e deu um
tiro no meio daquilo que ela julgava ser a cabeça da criatura.
O tiro foi certeiro, o corpo caiu no meio da
folhagem. Rosalvo ficou eufórico e, com um lampião, se aproximou do corpo para
ver como era o tal bicho. Mas Rosalvo não conseguiu acreditar naquilo que via.
A cena era tão chocante que o gaúcho quase desmaiou. Ajoelhou-se ao lado do
corpo inerte e só conseguiu dar um grito.
–
Não!!! Não pode ser!!!
Rosalvo tinha descoberto que havia dado cabo
da vida de Roneide, seu filho, com um tiro na cabeça.
–
Matei o meu filho!!! Era o Lobisomem!!! – gritava de desespero o pobre agricultor.
Os animais do sítio estavam muito
assustados, o bode Cheiroso gritava e peidava sem parar. Rosalvo pegou o corpo
do menino e correu em direção de sua casa, gritando desesperadamente pela
esposa.
–
Durvalina!! Durvalina!! Apareça mulher dos Infernos!!
Rosalvo deixou o menino e a Furiosa no
terreiro dos fundos e entrou correndo pela porta da sala, gritando pela mulher.
Mas as desgraças estavam apenas começando.
Rosalvo encontrou sua esposa morta sobre a cama, havia sangue por todo o quarto.
O corpo de Durvalina estava completamente destruído, parecia que estava pelo
avesso. O pobre fazendeiro estava desesperado.
–
Barbaridade, Tchê!! Quanta desgraça!! Meu guri matou a própria mãe!!! E eu
matei meu filho!! Que maldição caiu sobre mim??!
O gaúcho colocava as mãos à cabeça quando um
estrondo veio da cozinha. Rosalvo correu em direção do barulho para ver o que
poderia ser agora. Quando chegou até a cozinha, Rosalvo, que achava que já
tinha visto de tudo, quase teve mais um ataque cardíaco. Uma figura gigantesca,
de uns 2,50m de altura, estava quebrando a cozinha toda, a vil criatura se
virou para Rosalvo. O mostro tinha pêlos negros e se assemelhava com um lobo de
garras e dentes super afiados, babando e com olhos vermelhos de ódio e sede de
sangue.
Rosalvo, tomado pelo pânico, tentou fugir,
mas foi atingido com um golpe que o arremessou pela janela da cozinha até o
meio do terreiro. Rosalvo foi arremessado a uma distância de uns 04 metros. A
criatura começava a sair da cozinha, indo em sua direção. Rosalvo acreditou que
aquele era o fim, mas sentiu que caíra sobre a Furiosa.
Tudo depois foi uma questão de centésimos de
segundo: a criatura deu um salto na direção de Rosalvo que, com muito esforço,
conseguiu mirar a espingarda e puxar o gatilho.
A criatura caíra ao lado do gaúcho, o tiro
atingiu o peito do Lobisomem. Rosalvo se levantou, completamente zonzo, e se
afastou da criatura, que tremia enquanto dava gritos horríveis. Aos poucos, a
criatura parou de se mexer, os pêlos começaram a sumir e o corpo começou a
mudar.
Rosalvo assistia tudo aquilo com um olhar de
espanto e nojo. Rosalvo ficou mais assustado ainda quando viu que aquele corpo
caído no chão era conhecido: era o corpo do Índio velho Gaudério.
–
Barbaridade, tchê!! Mas o lobisomem era o próprio Índio?? Maldito índio,
desgraçado!! Tu arruinastes minha vida!! Roneide... Durvalina... Nãoooooo!!
O gaúcho saiu correndo em direção ao campo,
gritando pelos Pampas, e nunca mais foi visto.
Faz tempo que o sítio de Rosalvo está
abandonado. Ninguém vai até lá. Dizem que é mal assombrado e que até hoje
pode-se ouvir os lamentos do velho Rosalvo, uivando e correndo pelos Pampas
gaúchos em noite de lua cheia, como um Lobisomem.
AGUARDO SEUS COMENTÁRIOS, TURMA...
Walacionil Wosch
Bem interessante a história,mas como o garoto havia se tornado um lobisomem?ou não era?não entendi bem essa parte.
ResponderExcluirOlá, amigo. Em primeiro lugar, agradeço de coração o comentário. Leia novamente e com atenção até o final que você encontrará a resposta. Valeu...
Excluiresse bode cheiroso merecia um conto só dele:-D, muito bom cara, parabéns pelo conto, adorei.
ResponderExcluirQuerida, agradeço de coração a você e nosso amigo Da Luz pelos comentários. Vocês nos incentivam a continuar. O nosso querido Cheiroso foi colocado pra dar um toque de humor ao nosso conto. Mas a idéia não é má, vou pensar em algo só pra ele. Novamente, agradeço a vocês. Abraços
ExcluirMuito bom Darkeyes :D Adorei ^^
ResponderExcluirE esse Bode Cheiroso roubando a atenção! kkkkkkkkk
Pois é. No fim das contas, nosso querido cheiroso ficou mais famoso que o Lobisomem. kkkkkk
ExcluirAgradeço o comentário. Abraços...
Vou comprar um bode e colocar o nome de cheiroso. -q kkk o índio era pai do guri? O_o
ResponderExcluirÉ, nosso querido amigo fez mais sucesso que o Lobisomem. kkkk. Não, o gaudério é que era o bicho. Valeu pelo comentário, amigo...
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