Brincando com Espíritos

Seg, 29 de Novembro de 1999 21:00
Escrito por Rose (São Luis/MA)



Esta é uma história verídica que aconteceu comigo há 3 anos. Eu tinha o costume de brincar com espíritos, mas um dia, um desses espíritos fez com que eu parasse. Era dia 22 de Novembro de 1997, estava eu e Marta, uma amiga de infância, na porta da casa dela procurando alguma coisa pra fazer, então eu sugeri a "brincadeira da caneta". Marta sempre foi muito medrosa, mas aceitou. Pegamos papel e caneta e fizemos aquele esquema que todos conhecem.

A princípio a brincadeira não estava dando certo, então Maria e Gorete chegaram. Eram mais ou menos 2:30h da tarde e finalmente apareceu o primeiro espírito. No começo, ele tentou nos enganar, disse que era um espírito do mal, mas ele estava brincando. O espírito começou a dizer coisas pessoais sobre nossas vidas, coisas que eu não tinha contado para ninguém. Ficamos até umas 6h brincando, mas os meninos da minha rua começaram a atrapalhar; o espírito irritou-se e então pediu para nós irmos para a sacada da casa da Marta. Ao chegarmos lá, o espírito pediu para rezarmos, pois tinham outros espíritos alí e que poderiam atrapalhar. Rezamos e recomeçamos a brincadeira.

Eu já estava cansada, desde o começo da brincadeira estava segurando a caneta, mas o espírito teimava em não me deixar sair. Quando eu pedi pela terceira vez para sair, ele novamente não deixou e começou a falar coisas sobre a minha vida, disse até que conhecia a minha irmã, Camila (a Camila seria a minha irmã mais velha, mas ela morreu com 15 dias de nascida). Nesse momento eu comecei a chorar e só assim comecei a acreditar que não era a Maria que estava mexendo a caneta (Maria tinha se mudado há menos de um ano para a minha rua e eu nunca tinha comentado com ela sobre a minha irmã).

A brincadeira foi ficando mais séria e nós não queriamos mais brincar, pois já estava tarde. De repente o espírito diz que alguém ia atrapalhar a nossa brincadeira e perguntamos o nome da pessoa. Ele ia para a letra "E" e depois para a letra "D" e nós perguntamos: "Eduardo?!" (Eduardo é o irmão da Marta) e ele continuava a dizer "E" "D". Ele foi aumentando o ritmo. Era impressionante como a caneta se mexia, chegou até a rasgar o papel de tanta força. Depois de um tempo, ele ficou calmo e a luz apagou. Levamos um susto enorme e a luz começou a acender e a apagar. Saímos correndo, mas a porta estava trancada.

Nos apavoradas falávamos para a Marta abrir a porta, mas ela dizia que estava sem a chave. De repente alguém abriu a porta e quando olhamos para ver quem era, era o Eduardo rindo de nós e o meu irmão, o Diogo. Voltamos para a rua e retomamos a brincadeira. O espírito não estava de bom humor e sentimos que ele também estava cansado. Ele disse que "E" era o Eduardo e o "D" era o Diogo. O Diogo e o Eduardo pediram para entrar na brincadeira e o espírito deixou.

Depois de um tempo, o espírito pediu gentilmente que todos se retirassem e deixassem eu e o Eduardo a sós. Nós dois ficamos esperando ele falar alguma coisa, até que depois de um tempo ele falou: "Vocês terão 3 filhos". Depois do espírito ter dito aquilo, ele pediu para o meu irmão entrar na brincadeira. O Diogo entrou e mais uma vez ele pediu para que ficássemos a sós. Dessa vez o espírito demorou quase cinco minutos e disse: "Em Fevereiro de 1998 vocês terão uma perda muito grande e a Rose sofrerá demais com o que vai acontecer." Depois disso o espírito foi embora e eu fiquei horrorizada! Tentamos continuar com a brincadeira, mas não estava dando certo. Apareceu um espírito querendo zoar com a cara da Marta, mas logo desistimos.

Fiquei quase 2 semanas sem dormir, tentei colocar na minha cabeça que aquilo era apenas uma brincadeira. Fevereiro de 1998 chegou e eu realmente tive uma perda lastimável: uma pessoa que eu era muito apegada morreu e até hoje eu sofro com isso. Acredite se quiser! A história é verídica e depois desse dia, nunca mais quis saber de mexer com os espíritos!!

Fonte: http://www.estronho.com.br/

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